segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Laodicéia - uma igreja equilibrada


Você já parou para pensar na concepção de equilíbrio no contexto religioso atual? Nem fanático, nem liberal – equilibrado. Nem totalmente contra o mundo, nem totalmente a favor dele – equilibrado!

Ao que parece, equilíbrio hoje passou a ser considerado como uma mistura daquilo que é certo com aquilo que é errado. Um pouco de lá e um pouco de cá. Meio termo, café com leite. A dose ideal para não ser taxado de extremista nem de apostado, mas sensato.

Em Apocalipse 3:15-16, ao descrever Laodicéia, a última igreja profética – que cremos representar a igreja atual de Deus –, a Bíblia apresenta uma concepção de equilíbrio muito semelhante à descrita acima:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.”

Essa é a triste condição de Laodicéia. Nem quente, nem fria, mas uma mistura das duas temperaturas – morna, ou melhor, equilibrada (considerando a concepção moderna de equilíbrio). O próprio verso já diz o que Deus pensa dessa condição “equilibrada” de Laodicéia – ela Lhe causa uma verdadeira ânsia a ponto de chegar ao vômito, ou seja, à total rejeição, caso não haja arrependimento sincero e mudança de atitude.

Note que, segundo o verso, mesmo a triste condição de frio (apostatado) é preferível à condição de morno. Você já parou para pensar no por quê? 

O frio sabe que está longe dos caminhos de Deus e, em geral, sabe que está errado. Ele simplesmente assumiu que não quer mais fazer a vontade de Deus. Apesar de estar longe, esse coração está em condições mais favoráveis de ser levado ao arrependimento pelo Espírito Santo, pois têm ciência de sua condição de pecado.

Já o morno, em seu coração diz: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (verso 17). Para o morno, sua condição espiritual está ótima, não há do que se arrepender (pelo menos não muito), afinal, é atuante na igreja, crê na Palavra de Deus, não comete pecados escancarados como os frios, ou seja, na média, suas obras são boas e vive em parte de acordo com o que acredita ser da vontade de Deus. Nesse coração o Espírito Santo tem mais dificuldade de trabalhar, pois não há consciência de sua real situação: “Desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (verso 17). O equilíbrio que o morno crê ser sensatez, na verdade, o cega e o leva para uma condição muito pior do que a do frio, pois sua vida, apesar de parecer mais consagrada do que a do frio, não está em total conformidade com a vontade de Deus, e para nosso Deus uma coisa boa não anula uma ruim, em parte bom, significa totalmente ruim. Para Ele, 99% não é suficiente, Ele quer tudo!

Qual seria, então, a concepção divina de equilíbrio? Em Atos dos Apóstolos, página 483, encontramos a resposta:

“Aquele que deseja construir um caráter forte e simétrico, e que deseja ser um cristão bem equilibrado, deve dar tudo a Cristo e fazer tudo por Cristo; pois o Redentor não aceitará serviço dividido. Precisa aprender diariamente o significado da entrega do eu. Precisa estudar a Palavra de Deus, aprendendo seu significado e obedecendo a seus preceitos. Assim pode ele alcançar o padrão da excelência cristã. Dia a dia Deus trabalha com ele, aperfeiçoando o caráter que deve resistir no tempo da prova final. E dia a dia o crente está manifestando diante dos homens e dos anjos um experimento sublime, mostrando o que o evangelho pode fazer por caídos seres humanos.”
“Sê pois zeloso, e arrepende-te”, diz o verso 19 de Apocalipse 3 à Laodicéia. Sejamos cristãos equilibrados segundo o conceito divino – e não secular. Sejamos totalmente consagrados ao Senhor, sem oferecer-Lhe serviço morno  em parte bom, em parte mundano. Submetamos diariamente o nosso eu, o nosso querer, à Sua divina vontade e permitamos que o nosso caráter seja aperfeiçoado para a Sua honra e glória. Amém!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O encanto da Disney


Minha irmã, Logan
e eu na Disney
Quando meu filho Logan tinha apenas dois meses de idade, minha irmã veio me visitar depois de passarmos dois anos sem nos vermos. Nessa época, eu morava bem próximo à famosa Disneylândia e ela insistiu muito para que passássemos o meu aniversário lá, já que ela tinha muita vontade de conhecer o parque. Eu não estava nenhum pouco disposta a ir, mas como iria deixá-la visitar o parque sozinha depois de ter vindo de tão longe para me ver?

Meu esposo, muito indignado, despachou minha irmã e eu em frente ao famoso parque e foi embora. Mal sabíamos o que iríamos passar naquele dia. Imagine só: eu, uma mamãe de primeira viagem, com um bebê recém-nascido de dois meses, um carrinho gigante e uma bolsa de fraldas super pesada e cheia de frutas, pois imaginava que não encontraria comida saudável por lá. Graças a Deus, tive um pouco de juízo e levei também o sling para carregar o bebê. Ainda bem que tinha aprendido que o leite materno é o melhor alimento para o bebê, o que Deus proveu em abundância, e não precisei me preocupar com mamadeiras.

No parque, encontramos uma multidão andando pra lá e pra cá e um castelo cuja entrada era proibida. Tudo parecia fictício, ou melhor, tudo era fictício!

Na verdade, em minha adolescência, época em que ainda morava no Brasil, meu sonho era conhecer a Disney, mas agora era uma mãe de primeira viagem que há cinco meses havia sido batizada na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para mim, aquilo tudo já não tinha mais graça! Eu tentava imaginar Jesus ao meu lado enquanto andava pelas ruas da Disney, mas não conseguia imaginá-Lo por ali. Também tentava procurar algo que elevasse minha mente a Deus e nada encontrei. Pelo contrário! Tudo ali elevava o próprio eu. Pessoas adorando princesas imaginárias e pessoas vestidas com roupas de boneco.

À medida que o Logan foi crescendo, ele começou a ganhar roupas, brinquedos e sapatos dos personagens da Disney, mas sempre procurei trocar por outra coisa ou mesmo descartar aqueles presentes, pois percebi que quando ele usava tais coisas demonstrava menos respeito a Deus e aos pais, mesmo sem saber de onde vinham aqueles personagens. Parecia até que, além de fictício, aqueles objetos da Disney também fossem enfeitiçados. Procurei me informar a respeito desse assunto e escutei muitos outros relatos sobre o mesmo tipo de reação por parte das crianças.

Quando minha filha Larissa nasceu, procurei sempre ensiná-la sobre Deus e a Bíblia. Mesmo assim, ao ficar um pouquinho maior, sempre que precisávamos ir até Orlando ela me perguntava sobre as meninas que passeavam vestidas com roupas de princesa. Ganhar uma roupa daquelas acabou se tornando um grande desejo de minha filha - o que minha irmã ficou feliz em satisfazer presenteando-a não apenas com um, mas três vestidos! 

A Larissa ainda tem os vestidos de princesa, mas fiz questão de tirar as gravuras. Ela usa os vestidos de vez em quando para representar a rainha Ester, pois ela não tem conhecimento dos desenhos da Disney. No aniversário também ganhou uma bolsa da Disney e até esses dias a bolsa estava aqui em casa. Certo dia, na hora do culto familiar, notei que os olhos do Logan estavam fixos na figura da Disney e o comportamento dele estava fora do controle. Em oração pedi a Deus que se fosse algo em minha casa impedindo meus filhos de serem mais obedientes que então Deus me mostrasse. Procurei fazer uma limpeza no quarto da Larissa e perguntei o que ela gostaria de doar. Para minha surpresa, a primeira coisa que ela doou foi a bolsa da Disney e eu nem precisei falar nada! "E será que antes que clamem Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei" (Isaias 65:24). Desde aquele dia, notei que as crianças passaram a ter mais facilidade para obedecer e sentem-se mais gratas em ajudar.

Como mãe aprendiz busco o melhor em Cristo para meus filhos, pois o meu desejo é que sigam o exemplo de Jesus - e não de uma princesa ou de um super herói. Por isso, procuro vesti-los com a modéstia e a simplicidade de Jesus quando criança e não com trajes que elevem o pensamento e a imaginação ao inexistente, mas sim ao que é real e puro. Tento passar bastante tempo ao ar livre com eles buscando na natureza ensinamentos bíblicos e com a ajuda do Espírito Santo elevar o pensamento deles ao Criador.

A Palavra de Deus é muito clara quanto àquilo que deve ocupar o nosso pensamento e de nossos filhos também: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8).

Que Deus abençoe nossa caminhada como mães aprendizes ao buscarmos educar nossos filhos a cultivarem pensamentos que honrem e glorifiquem a Deus.

Por Luciana Riges
Mãe aprendiz do Logan, 6 anos, e da Larissa, 4 anos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Agradecer por quê?


Gratidão não é natural, mas é essencial.  Em nosso crescimento espiritual devemos desenvolver esse aspecto da vida cristã, se quisermos desfrutar da paz prometida por Cristo. Tudo que é bom vem de Deus, portanto a gratidão é um dom divino. No homem natural podemos encontrar a murmuração, a contenda e tantos outros males que têm a mesma raíz - o egoísmo. A gratidão, no entanto, é resultado do reconhecimento de que Deus nos ama e está constantemente dirigindo nossa vida.

Se depois de esquadrinharmos nosso coração, sob a guia do Espírito Santo, firmarmos convicção de que agimos de acordo com a vontade de Deus, e mesmo assim estamos a colher dificuldades, dissabores ou oposição, então alegremo-nos no Senhor, pois estamos sendo aperfeiçoados. Caso contrário, busquemos o arrependimento genuíno.

Deus sabe tudo que nos falta para refletirmos o caráter de Cristo, então, em Seu grande amor por nós, coloca-nos em situações onde nossos defeitos serão evidenciados e poderão ser percebidos por nós. Assim sendo, devemos nos apegar pela fé à graça perdoadora e transformadora de Cristo, e crescer no Espírito de glória em glória, sem murmuração ou tristeza, mas agradecidos por esse método de Deus que resulta em santificação.

Quem reclama, murmura, guarda mágoa, mantém pensamentos de autopiedade, ou se aborrece porque a vida lhe parece injusta, precisa meditar no exemplo de nosso Senhor Jesus, “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:6-8).

Sigamos os conselhos da Palavra de Deus e sejamos gratos a Ele por ter dado uma segunda chance à humanidade, permitindo-nos passar por uma segunda prova de fidelidade (à primeira, nossos pais sucumbiram no Éden). Louvado seja o Senhor por Sua misiericórdia e bondade, por Seu infinito amor e pela ternura com que nos corrige e nos conduz pelo caminho que leva ao Céu. Louvado seja nosso grande Deus que nos santifica através da obediência, e mesmo Cristo, “ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu (Hebreus 5:8)”.
  • “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Tessalonicenses 5:18).
  • “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos” (Filipenses 4:4).
  • “Alegrai-vos no SENHOR, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração” (Salmos 32:11).
  • “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5:12)
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