quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Uma lição sobre generosidade


Larissa e Logan
No mês de setembro, fomos visitar os penhascos brancos de Dover, também conhecidos como “The White Cliffs”, na Inglaterra, país onde residimos atualmente.

Começamos nossa caminhada bem cedo e apesar da longa distância estávamos apreciando a linda paisagem composta pela grama verde, que parecia um tapete revestindo a terra, e pelo azul do mar e o branco das enormes colunas de pedra - sem contar os inúmeros tesouros da criação de Deus que encontramos pelo caminho, como caracóis, besouros e as coloridas flores por todos os lados!

Caminhamos mais de seis quilômetros até o farol. Uma caminhada de mais de uma hora e meia! Descansamos, tiramos fotos aqui e ali, então resolvemos voltar pelo mesmo caminho até chegar no local onde havíamos deixado o carro.

Lá fomos nós e vez por outra o Logan, meu filho mais velho, olhava para mim e perguntava:

- Mãe, eu não me lembro de ter passado por aqui antes, a senhora tem certeza de que estamos voltando pelo mesmo caminho?

Enquanto eu ainda estava pensando em uma resposta para o Logan, a Larissa me relembrou que ele havia carregado ela nas costas nos momentos em que se sentiu cansada! Nesse instante, uma resposta vinda de Deus soou aos meus ouvidos com o auxílio do Espírito Santo:

- Logan, durante esse trajeto você estava fazendo algo muito bom por alguém, você foi generoso e se esqueceu de você mesmo, pois estava ajudando a Larissa. O mesmo acontece em nossa vida. Quando você é generoso e ajuda aos outros a vida passa suavemente e você não encontra dificuldades pelo caminho, porque está muito ocupado ajudando outra pessoa em suas dificuldades. Quando ajudamos uns aos outros não temos tempo para reclamar das pedras em nosso caminho, porque o trajeto que percorremos é o mesmo caminho que Jesus percorreu e Ele está nos carregando. “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7).

Depois dessa lição eu notei duas crianças completamente diferentes. Notei que passaram a cuidar mais um do outro, a se preocupar um com o outro e a demonstrar uma imensa liberdade de irmão para irmão. Estavam em paz, agindo como melhores amigos e trocando sorrisos. "O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O espírito egoísta é o espírito de Satanás” (Ellen G. White, The Review and Herald, 17 de Outubro de 1882).

Um ato de bondade sempre será recompensado e quando vem do coração obteremos a maior recompensa de todas que é o Reino dos Céus. "Assim como continuamente estamos recebendo as bênçãos de Deus, assim devemos nós estar continuamente dando. Quando o Benfeitor celeste deixar de nos dar, então poderemos ser desculpados; pois então nada teremos para dar. Deus nunca nos deixou sem nenhuma evidência de Seu amor, pelo fato de nos ter feito o bem" (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 10).

The White Cliffs
Durante nossa caminhada, Deus nos ajudou a enxergar vários tesouros naturais como as flores, as abelhas, os caracóis... mas somente podemos perceber esses tesouros se em nossa vida escolhemos o caminho da alegria e do contentamento e decidirmos escolher parar de olhar para nossos defeitos e olhamos para Jesus.

"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:9).

Que Deus nos ajude a procurar pelos tesouros escondidos em nosso coração para que Ele possa controlar nossos pensamentos se assim deixarmos. "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmos 139:23-24).

Por Luciana Riges
Mãe aprendiz do Logan, 6 anos, e da Larissa, 4 anos.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cardápio de criança e bebê vegetarianos deve ser feito com cautela


Pais que são vegetarianos ou veganos – que não comem nem consomem nada  de origem animal – normalmente querem que os filhos sigam o mesmo cardápio, ou seja, nada de carnes mesmo na introdução alimentar dos bebês com mais de seis meses de vida. Segundo médicos e nutricionistas, não há problema algum de a criança não consumir carne desde que o cardápio da família seja balanceado e feito com o acompanhamento de um profissional.

A nutricionista  Beatriz Tenuta Martins, presidente do Conselho Regional de Nutricionistas, ressalta que o mais importante é que o cardápio seja bem variado com grãos e leguminosas, por exemplo. “A dieta sem carne pode acontecer nas crianças desde que sejam feitas as substituições adequadas de alimentos”, explica.

O médico Eric Slywitch, especializado em nutrição vegetariana, explica que as carnes podem ser trocadas por feijões. “Trocamos cem gramas de carne por uma concha de feijão. Nessa quantidade temos uma ótima substituição dos principais nutrientes”, diz. Segundo ele, os pais devem ficar atentos na dieta vegetariana pois as verduras e legumes não devem ser os alimentos usados em maior proporção. “Esses alimentos são volumosos e pouco calóricos”.

“Crianças precisam de mais calorias que adultos, e a base da dieta precisa ser feita com cereais, como arroz, milho e quinua e leguminosas [feijões, ervilha, lentilha e grão de bico]”, explica. Segundo o médico, adicionar óleo (oliva e linhaça) nas refeições principais também aumenta o aporte calórico e oferece ômega-3 (por meio do óleo de linhaça). Ele diz que o acompanhamento médico é necessário pois é preciso fazer também a reposição da vitamina B12.


Nota Vida Campestre: Há muito tempo Deus já nos instruiu com relação a isso dando orientações claras e específicas para uma alimentação saudável, equilibrada e em conformidade com Seu plano original para homem. As palavras dos profissionais acima apenas são uma repetição resumida das orientações divinas. É possível hoje obedecer todas as instruções de Deus, incluindo a alimentação. Suas orientações são sempre para o nosso próprio benefício!

Para os pais que desejam oferecer esse tipo de alimentação aos filhos, mas precisam de algumas ideias, recomendamos o E-book Papinhas e Quitutes da Mamãe. Clique aqui para conhecer.

domingo, 24 de novembro de 2013

Vídeo: Bolo 100% integral com fermento biológico - passo a passo

Neste vídeo você vai aprender com a Mariana a fazer um delicioso e fofinho bolo 100% integral com fermento biológico. Não perca!


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Aprendiz de servo


Eu ao fundo (de vermelho)
ajudando a preparar canteiros
Louvado seja o Senhor que nos coloca em situações onde os defeitos de nosso caráter podem ser percebidos.

Em recente viagem missionária para um país distante e de língua bem diferente da nossa fomos colocados em situação singular, onde pela graça de Cristo, pudemos aprender preciosas lições que dificilmente aprenderíamos em nossa terra natal. Aqui no Brasil, temos a facilidade da comunicação e, não que haja mérito implícito, de certa forma somos reconhecidos pelo grau acadêmico, experiência profissional e eclesiástica.

O conhecimento humano pode ou não ser usado no serviço de Deus. No caso de Moisés, ele precisou desaprender durante 40 anos o que havia aprendido no Egito. No caso de Paulo, apesar de sua declaração que seus valores anteriores à conversão na estrada de Damasco não passavam de refugo, sua formação erudita e religiosa foi útil à Causa, não que Deus precise de algo que venha do homem, mas se nos colocarmos aos pés da cruz, O Espírito Santo nos usa como Seus instrumentos, promovendo utilidade aos dons naturais e conferindo outros conforme Lhe apraz. Na verdade, tudo que é de bom vem de Deus, seja  herdado ou cultivado.

No campo missionário fomos escalados para os serviços rudimentares: abrir buracos no chão (cheio de pedras) para fincar paus para cerca; serrar troncos para lenha (muitíssimos), plantar, roçar, etc. Oito horas por dia de esforço físico bem acima do que já fizemos na vida produziu fortes dores em  músculos que nem sabíamos que existiam! Essa situação ficou ainda mais inusitada pela comida com pouquíssimas frutas frescas que se constitui na maior parte de nosso cardápio no Brasil; além do sono insuficiente e irregular, resultado de serviços particulares pela internet que necessitávamos fazer após o horário de trabalho; colchão bem diferente do habitual; e  claridade na hora de dormir (quase 20h de sol por dia).

A tentação de desistir nos assaltou diversas vezes, principalmente quando, em nossa opinião, víamos maneiras mais eficientes de executar um determinado serviço, mas pela dificuldade da comunicação e cultura sistemática daquele país entedemos que o mais prudente seria obedecer e fazer o nosso melhor dentro das circunstâncias. O exemplo de consagração, dedicação, incansável esforço e paciência de nosso líder também nos animou a continuar.

Tínhamos certeza de que o Senhor havia nos conduzido até ali, então, não caberia reclamar. Um grande aprendizado foi estar naquelas condições e trabalharmos felizes, não resignados, mas felizes. Louvado seja o Senhor que pela Sua graça produziu essa disposição em nós; tínhamos em mente que trabalhávamos não para homens, mas para Deus.

Outra bênção não menos significativa foi conviver com pessoas de culturas totalmente diferentes. Surpreendeu-nos conhecer um lugar onde não impera o consumismo, onde os princípios e não a esperteza são valorizados, onde se destacam: a ordem; a pontualidade; o asseio nos mínimos detalhes; o bom gosto sem ostentação; e principalmente o respeito pela consciência individual.

Todavia, o que mais alegrou nosso coração foi constatar que Deus tem um exército de fiéis ao redor do mundo. Tivemos contato com pessoas de diversos países, que não se conhecem nem possuem conhecidos em comum e creem nas mesmas verdades para o tempo presente, reveladas por Deus à Sua Igreja do tempo do fim. Percebemos que todos esses estudam por si mesmos a Bíblia e os Testemunhos, suplicam pela guia do Espírito Santo, e, em maior ou menor grau, são discriminados e seu testemunho, por vezes, é distorcido ou obstaculizado por interna oposição denominacional. Nós não precisávamos mais de provas do amor e cuidado de Deus por nós e pela Sua Causa, mas ficamos imensamente agradecidos e reanimados a continuar a curta jornada que nos separa da Eternidade.
Não devemos esperar mais do que recebeu nosso Mestre, pois “não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10: 24 e 25).
“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir...” (Marcos 10:45). Imitemos hoje o nosso Modelo, e assim fazendo em amor, pelo poder do Espírito, continuaremos assim a servi-Lo pela Eternidade. “... e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão” (Apocalipse 22:3).

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Vídeo: Iogurte de morango sem leite - passo a passo

Aprenda com o Isaac (9 anos) a fazer um delicioso iogurte de morango sem leite. Não deixe de assistir ao vídeo até o final para saber porque o Isaac se interessa por receitas sem lactose!

Para variar a receita, substitua a castanha de caju por 2 colheres de sopa de óleo e acrescente leite vegetal de sua preferência até ficar cremoso (dicas da amiga Rute Bazan, que testou a receita).

Bom apetite!




Vídeo: Leite de arroz integral - passo a passo

Assista a este vídeo e aprenda como fazer um delicioso leite de arroz integral em poucos minutos!


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Deus e eu num país europeu (parte 5)


Árvores usadas para me
ensinar uma preciosa lição
Numa tarde de sábado, enquanto todos estavam em suas atividades, eu resolvi dar um curto passeio sozinha pela natureza. Escolhi um caminho bonito e comecei minha caminhada. Queria muito por em prática o que recentemente li sobre o sábado, que Deus nota aqueles que procuram tornar de maior deleite cada minuto sagrado, e que nesse dia, deveríamos comtemplar mais profundamente a natureza e meditar em Sua bondade, misericórdia e amor.

Então, fui surpreendida pelo farfalhar bem forte do vento nas folhas de várias árvores bem altas que estavam pelo caminho. O som era agradabilíssimo. Virei-me a vê-las e não pude enxergar nada além de árvores balançando com o vento forte. Então orei: “Ensina-me algo, Senhor” e virei-me outra vez a continuar minha caminhada. Mas algo prendia minha atenção nessa cena, e fui “obrigada” a parar outra vez e contemplar mais. Entendi que o Senhor tinha algo a ensinar-me através daquela cena específica. Então pus-me a pensar: “Ensina a tua serva, Senhor? O que o Senhor está me dizendo? Não estou entendendo a lição...” Mas, observando mais, pouco a pouco, fui tirando algumas conclusões, que parecem tão evidentes, mas, postas juntas, tornam-se um tesouro escondido naquele cenário natural:

1a: As folhas, sem o vento, não fazem nenhum som. São incapazes de “cantar” sozinhas;

2a: Mesmo que o vento sopre, se houvesse uma folha só, não faria muita coisa. Provavelmente, eu nem iria notá-la;

3a: O volume do som das folhas era alto porque o vento estava forte em decorrência de uma chuva iminente, que eu nem havia percebido até esse ponto.

Então eu entendi! Sim, fazia todo o sentido! Jesus, comparou o vento ao trabalho do Espírito Santo em João 3:8. É Ele quem opera em nós toda boa obra. Sem Ele, não podemos nada, não fazemos nada, não somos nada, a não ser imundície. É Deus quem age em nós, enxertando-nos na Videira, transformando-nos em novas criaturas para produzir frutos visíveis (ou audíveis, nesse caso). E essa obra realizada no coração se manifesta em palavras e atos de amor que o glorificam (1 Coríntios 10:31).

Bem maior impacto teria no Universo, se não só um ou dois dos Seus filhos se deixassem mover pelo Espírito. Deus precisa de um povo que reflita a Sua imagem.

“Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (Parábolas de Jesus, p. 69).

Um povo! Deus precisa de um povo, por isso chamou Sua igreja para este tempo (1 Pedro 2:9). Assim entendi quão ínfimo é o melhor que podemos fazer isoladamente, ainda que através do Espírito. Seguramente, Deus pode operar grandes maravilhas através de nós. No entanto, devemos estar conscientes de nossa indignidade e submeter-nos inteira e incondicionalmente à Sua vontade.

E quando um povo entregar-se inteiramente à direção do Espírito, o clamor será alto, a tão almejada chuva serôdia virá, e refrigerará a Terra com a presença do Senhor! Amém!

De agora por diante, ao escutar o som do vento ou vir as folhas entregues à sua guia, lembre-se da promessa do Senhor e renove sua entrega a Ele. Só podemos ser usados completamente quando nos esvaziarmos inteiramente do eu e nos entregamos total e confiantemente a Deus.

E mais, Deus tem grandes lições que anseia ensinar-nos pelas pequenas coisas da vida. “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mateus 7:7).


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cientistas descobrem o que está matando as abelhas, e é mais grave do que se pensava


Como já é sabido, a misteriosa mortandade de abelhas que polinizam U$ 30 bilhões em cultura só nos EUA dizimou a população de Apis mellifera na América do Norte, e apenas um inverno ruim poderá deixar os campos improdutíveis. Agora, um novo estudo identificou algumas das prováveis causas da morte das abelhas, e os resultados bastante assustadores mostram que evitar o Armagedom das abelhas será muito mais difícil do que se pensava anteriormente.
Os cientistas tinham dificuldade em encontrar o gatilho para a chamada Colony Collapse Disorder (CCD), (Desordem do Colapso das Colônias, em inglês), que dizimou cerca de 10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, nos últimos seis anos. Os suspeitos incluem agrotóxicos, parasitas transmissores de doenças e má nutrição. Mas, em um estudo inédito publicado este mês na revista PLoS ONE, os cientistas da Universidade de Maryland e do Departamento de Agricultura dos EUA identificaram um caldeirã o de pesticidas e fungicidas contaminando o pólen recolhido pelas abelhas para alimentarem suas colmeias. Os resultados abrem novos caminhos para sabermos por que um grande número de abelhas está morrendo e a causa específica da DCC, que mata a colmeia inteira simultaneamente.
Quando os pesquisadores coletaram pólen de colmeias que fazem a polinização de cranberry, melancia e outras culturas, e alimentaram abelhas saudáveis, essas abelhas mostraram um declínio significativo na capacidade de resistir à infecção por um parasita chamado Nosema ceranae. O parasita tem sido relacionado à Desordem do Colapso das Colônias (DCC), embora os cientistas sejam cautelosos ao salientar que as conclusões não vinculam diretamente os pesticidas a DCC. O pólen foi contaminado, em média, por nove pesticidas e fungicidas diferentes, contudo os cientistas já descobriram 21 agrotóxicos em uma única amostra. Sendo oito deles associados ao maior risco de infecção pelo parasita.
O mais preocupante, as abelhas que comem pólen contaminado com fungicidas tiveram três vezes mais chances de serem infectadas pelo parasita. Amplamente utilizados, pensávamos que os fungicidas fossem inofensivos para as abelhas, já que são concebidos para matar fungos, não insetos, em culturas como a de maçã.
"Há evidências crescentes de que os fungicidas podem estar afetando as abelhas diretamente e eu acho que fica evidente a necessidade de reavaliarmos a forma como rotulamos esses produtos químicos agrícolas", disse Dennis vanEngelsdorp, autor principal do estudo.
Os rótulos dos agrotóxicos alertam os agricultores para não pulverizarem quando existem abelhas polinizadoras na vizinhança, mas essas precauções não são aplicadas aos fungicidas. (...)
Nos últimos anos, uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinóides tem sido associada à morte de abelhas e em abril os órgãos reguladores proibiram o uso do inseticida por dois anos na Europa, onde as populações de abelhas também despencaram. Mas Dennis vanEngelsdorp, um cientista assistente de pesquisa na Universidade de Maryland, diz que o novo estudo mostra que a interação de vários agrotóxicos está afetando a saúde das abelhas.
"A questão dos agrotóxicos em si é muito mais complexa do acreditávamos ser", diz ele. "É muito mais complicado do que apenas um produto, significando naturalmente que a solução não está em apenas proibir uma classe de produtos." (...)
Nota Vida Campestre: A Desordem do Colapso das Colônias é uma séria ameaça ao cultivo de alimentos, uma vez que as abelhas são responsáveis pela polinização e sem esse trabalho não há produção. Uma crise alimentar (seja pela escassez ou pela falta de qualidade) ameaça o mundo devido a esse e outros fatores e cada vez mais se faz necessário, pela fé, atendermos ao chamado de Deus para fixarmos residência fora das cidades, aprender a produzir nosso próprio alimento (e quem sabe ter nossas próprias abelhas) e dependermos cada vez menos do sistema controlado pelo homem e cada vez mais do plano designado por Deus. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A arca de Noé fedia?


Não foram poucas as vezes que ouvi referências à arca de Noé como um lugar de salvação, porém imundo e fétido. Esse discurso geralmente tem sido usado para justificar ou ilustrar que a Igreja de Deus, a despeito de ser um lugar de salvação, os defeitos e problemas nela existentes são admissíveis e a acompanharão até o fim. Teria essa afirmação fundamento escriturística?

Antes de mais nada quero dizer que sou membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e creio ser essa a única igreja verdadeira, bem como a última da história deste mundo. “Débil e defeituosa como possa ser, é ela [a IASD] o objeto de Seu supremo cuidado[i]. Por ser assim a Igreja de Deus deveríamos, por essa razão, adotar uma postura cômoda e conivente diante do mundanismo que introduziu-se em nosso meio?

Provavelmente erraremos ao tentarmos explicar as obras de Deus baseados na lógica humana. Como Sansão sozinho e desarmado derrotou um exército inimigo? Como o profeta Jonas passou três dias e três noites dentro de um peixe? Como cinco pães e dois peixinhos alimentaram uma multidão?  Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus[ii].

Voltemos à arca. Considerando que a arca foi um projeto divino[iii], estaria correto afirmar que ali era um lugar fétido?

Calculando o peso das fezes somente do casal de elefantes e dos sete pares de bovinos, caprinos e ovinos durante 378 dias de confinamento, chegamos a 210 toneladas de fezes e milhares de litros de urina aproximadamente[iv].

Somando-se todos os animais e pessoas ali, teria sido realmente um caos do ponto de vista humano, mas Deus tem poder para resolver esse e qualquer outro problema, inclusive o problema do mundanismo da igreja, caso nos humilhemos diante dEle e confesssemos os nossos pecados[v]. “Deus tem mil soluções onde não vemos nenhuma[vi].

Querido leitor, você acredita que Deus tem poder para fazer com que todos os animais entrassem em hibernação, ou que comessem pouquíssimo e não excretassem nada? Ou que o alimento introduzindo por Noé na arca multiplicou-se como o azeite e a farinha da viúva? E ainda que o projeto divino teria previsto um sistema de ventilação e saneamento adequados? Seja qual foi a solução, pois isso não está revelado, Deus e não o homem estava no comando dessa operação, e Deus tem princípios os quais Ele não quebra. A abordagem deste artigo é sobre tais princípios, não especular sobre o “mal cheiro da arca” ou valer-se dessa imaginação humana para baixar o padrão requerido por Deus ou minorar a crise religiosa que enfrentamos.

Vejamos alguns textos inspirados que nos revelam os princípios divinos sobre higiene, os quais dispensam comentários (sendo possível leiam o contexto):

E entre as tuas armas terás uma pá; e será que, quando estiveres assentado, fora, então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o que defecaste[vii].

Observai por vós mesmos se tudo em vosso quarto está impecavelmente limpo e em ordem, de modo que coisa alguma aí seja ofensiva a Deus, mas que, ao passarem os santos anjos por vosso aposento, sejam atraídos a se demorar, atraídos pelo asseio e a ordem que aí reinam[viii].

Ordem e limpeza é a lei do Céu; e para estar em harmonia com o arranjo divino, é nosso dever ser asseados e ter bom gosto[ix].

Foram dadas orientações especiais às tribos dos filhos de Israel para que, ao redor de suas tendas, tudo estivesse limpo e em ordem para que o anjo do Senhor não passasse pelo meio do acampamento e visse desasseio. Seria o Senhor tão exigente que notasse essas coisas? Seria; pois é declarado que, vendo Ele a imundícia do povo não poderia sair com seus exércitos a batalhar contra os inimigos deles. De igual modo todas as nossas ações são notadas por Deus. Aquele Deus que requeria que os filhos de Israel crescessem com hábitos de limpeza, não sancionará qualquer impureza no lar hoje[x].

Com respeito ao asseio, Deus não requer menos de Seu povo hoje, do que em relação ao Israel antigo. A negligência da limpeza induz a doença[xi].

Exige Deus pureza de coração e higiene pessoal agora, assim como o fazia ao dar instruções especiais aos filhos de Israel. Se Deus foi tão minucioso ao prescrever limpeza para aqueles que jornadeavam pelo deserto, que se achavam ao ar livre quase todo o tempo, não requer Ele menos de nós, que vivemos em casas forradas, onde as impurezas são mais observadas e têm influência mais insalubre[xii].

A ordem é a primeira lei do Céu, e o Senhor deseja que Seu povo ofereça em seus lares uma imagem da ordem e harmonia que predomina nas cortes celestiais. A verdade nunca coloca seus delicados pés no caminho da imundícia ou impureza[xiii].

O Criador dos céus e da Terra considerou a limpeza tão importante que disse: 'Lavem eles os seus vestidos." Êxo. 19:10[xiv].

Podemos extrair desses poucos textos o princípio divino de asseio e ordem. Não seria rebaixar o padrão divino ao humano, pensar que Deus esqueceu-se desse importante aspecto ao projetar a arca?

Por outro lado, o que Deus espera de Sua Igreja hoje? Seria sábio admitir que o mundanismo adentrar os portais da Casa de Deus ou mesmo a vida de cada crente é tão inevitável como seria o suposto mau cheiro na arca? A quem agradaria essa ideia?

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz[xv].

Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível[xvi].

A limpeza e a purificação certamente passarão por todas as igrejas de nossa terra que têm tido grandes oportunidades e privilégios e por eles têm passado sem lhes dar atenção. Não é de mais evidências que carecem. Necessitam de corações puros e santificados para ajuntar e reter toda luz que Deus tem dado, e então andarão nessa luz[xvii].

A igreja de Cristo deve ser limpa, e pura e santa para Deus. Seus membros estão perante o mundo como representantes do governo celeste[xviii].

Há centenas de textos como estes, que não dão espaço para admitirmos um baixo padrão moral na Igreja de Deus. Uma igreja “fedida” não honrará ao nosso Deus, mas ao inimigo das almas.

Posto que o joio deva crescer com o trigo até a ceifa, “mesmo o joio encerra uma lição. É ele cultura de Satanás e, deixado à vontade, estraga o trigo por seu crescimento viçoso[xix]. Não devemos arrancar o joio, mas também não devemos incentivá-lo a crescer. “Não precisamos ser joio nós mesmos, só porque não haverá apenas trigo na colheita[xx].

Conquanto em nossas igrejas, que pretendem crer em verdades avançadas, haja pessoas em faltas e erros, como o joio em meio do trigo, Deus é longânimo e paciente. Ele reprova e adverte o errante, mas não destrói os que são vagarosos em aprender a lição que lhes quer ensinar; Ele não desarraiga o joio do meio do trigo. O joio e o trigo devem crescer juntos até a ceifa; quando o trigo chegar ao seu completo desenvolvimento, e pelo caráter que apresentar quando amadurecido, ele se distinguirá perfeitamente do joio[xxi].

Notemos que não há conivência com o erro, há reprovação e advertência ao errante, sim, com amor e sincero desejo de que chegue ao arrependimento. Aquele, portanto, que ama a verdade, ama o transgressor; mas aborrece o pecado e deve atender à ordem: “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados[xxii]. Ao passo que não podemos ser descorteses ou acusadores de nossos irmãos, também não podemos ignorar e nos acomodarmos ao mundanismo que se avoluma em nossa Igreja a cada dia que passa.

Diante disso, pelas nossas próprias escolhas definiremos o que seremos, se joio ou trigo. Não podemos, nem devemos classificar nossos irmãos como sendo um ou outro, pois somente Deus conhece o coração de cada um, mas devemos esquadrinhar nosso próprio coração, suplicando iluminação ao Santo Espírito.
Como resultado da pregação do terceiro anjo “desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa[xxiii]. Não há como deixar de pertencer a um desses dois partidos. O partido joio que não se importa com uma igreja cheirando mal e contribui para isso com suas obras, e o partido trigo que zela pela pureza da igreja de Deus e vive a verdade presente, no poder do Espírito. Cada um deve decidir a qual partido pertencer, porque tentar ficar neutro é a pior situação, conforme lemos em Testemunhos para a Igreja, vol. 3, capítulo 27 à páinga 281: “Indiferença e neutralidade numa crise religiosa são consideradas por Deus como um crime grave e igual ao pior tipo de hostilidade contra Deus”. “Estamos agora no tempo da sacudidura[xxiv], em breve todos estarão irreversivelmene selados, o trigo  com o selo de Deus e os demais com o selo da besta[xxv].

Querido leitor, desejo e oro para que eu e você escolhamos ser e permanecer trigo. “Tudo depende da reta ação da vontade[xxvi]. Há poder em Cristo para transformar o nosso coração e nos matermos fiéis até o fim, se nos submetermos incondicionalmente à Sua vontade[xxvii]. E como trigo devemos amar a todos os nossos irmãos, joio ou trigo, pois no íntimo não sabemos qual é qual. E sendo trigo (que Deus nos conceda essa graça), posso assegurar pela Palavra Inspirada, a melhor forma de pregar a verdade é vivendo-a em família. “Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam pregar[xxviii].

Que pela graça de Cristo e no poder do Espírito cada um de nós seja chamado “reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar[xxix]. “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia[xxx].





[i] A Igreja Triunfante, p. 63
[ii] 1 Coríntios 3:19
[iii] Genesis 6:15 e 16
[v] 2 Crônicas 7:14
[vi] Testemunhos para a Igreja, vol. VII, p.**
[vii] Deuteronômio 23:13
[viii] Conselhos sobre Educação, p.157
[ix] O Lar Adventista, p.254
[x] Conselhos sobre Educação, p.156
[xi] Conselhos sobre Saúde, p.63
[xii] Conselhos sobre Saúde, p.82
[xiii] Conselhos sobre Saúde, p.101
[xiv] História da Redenção, p.138
[xv] 1 Pedro 2:9
[xvi]Efésios 5:27
[xvii] Testemunhos para Ministros, p. 414
[xviii] MM 1956, Filhos e Filhas de Deus, 15 de setembro, p.265
[xix] Conselhos sobre Educação, p.256
[xx] MM 2002, Cristo Triunfante, 04 de fevereiro, p.41
[xxi] A Igreja Remanescente, p.42
[xxii] Isaías 58:1
[xxiii] Eventos Finais, p.172
[xxiv] MM 1979, Maranata o Senhor Vem, 13 de fevereiro, p.50
[xxv] Apocalipse 22:11
[xxvi] Caminho a Cristo, p.47
[xxvii] Mateus 16:4
[xxviii] O Lar Adventista, p.32
[xxix] Isaías 58:12
[xxx] 1 Coríntios 10:12
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