quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Deus e eu num país europeu (parte 5)


Árvores usadas para me
ensinar uma preciosa lição
Numa tarde de sábado, enquanto todos estavam em suas atividades, eu resolvi dar um curto passeio sozinha pela natureza. Escolhi um caminho bonito e comecei minha caminhada. Queria muito por em prática o que recentemente li sobre o sábado, que Deus nota aqueles que procuram tornar de maior deleite cada minuto sagrado, e que nesse dia, deveríamos comtemplar mais profundamente a natureza e meditar em Sua bondade, misericórdia e amor.

Então, fui surpreendida pelo farfalhar bem forte do vento nas folhas de várias árvores bem altas que estavam pelo caminho. O som era agradabilíssimo. Virei-me a vê-las e não pude enxergar nada além de árvores balançando com o vento forte. Então orei: “Ensina-me algo, Senhor” e virei-me outra vez a continuar minha caminhada. Mas algo prendia minha atenção nessa cena, e fui “obrigada” a parar outra vez e contemplar mais. Entendi que o Senhor tinha algo a ensinar-me através daquela cena específica. Então pus-me a pensar: “Ensina a tua serva, Senhor? O que o Senhor está me dizendo? Não estou entendendo a lição...” Mas, observando mais, pouco a pouco, fui tirando algumas conclusões, que parecem tão evidentes, mas, postas juntas, tornam-se um tesouro escondido naquele cenário natural:

1a: As folhas, sem o vento, não fazem nenhum som. São incapazes de “cantar” sozinhas;

2a: Mesmo que o vento sopre, se houvesse uma folha só, não faria muita coisa. Provavelmente, eu nem iria notá-la;

3a: O volume do som das folhas era alto porque o vento estava forte em decorrência de uma chuva iminente, que eu nem havia percebido até esse ponto.

Então eu entendi! Sim, fazia todo o sentido! Jesus, comparou o vento ao trabalho do Espírito Santo em João 3:8. É Ele quem opera em nós toda boa obra. Sem Ele, não podemos nada, não fazemos nada, não somos nada, a não ser imundície. É Deus quem age em nós, enxertando-nos na Videira, transformando-nos em novas criaturas para produzir frutos visíveis (ou audíveis, nesse caso). E essa obra realizada no coração se manifesta em palavras e atos de amor que o glorificam (1 Coríntios 10:31).

Bem maior impacto teria no Universo, se não só um ou dois dos Seus filhos se deixassem mover pelo Espírito. Deus precisa de um povo que reflita a Sua imagem.

“Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (Parábolas de Jesus, p. 69).

Um povo! Deus precisa de um povo, por isso chamou Sua igreja para este tempo (1 Pedro 2:9). Assim entendi quão ínfimo é o melhor que podemos fazer isoladamente, ainda que através do Espírito. Seguramente, Deus pode operar grandes maravilhas através de nós. No entanto, devemos estar conscientes de nossa indignidade e submeter-nos inteira e incondicionalmente à Sua vontade.

E quando um povo entregar-se inteiramente à direção do Espírito, o clamor será alto, a tão almejada chuva serôdia virá, e refrigerará a Terra com a presença do Senhor! Amém!

De agora por diante, ao escutar o som do vento ou vir as folhas entregues à sua guia, lembre-se da promessa do Senhor e renove sua entrega a Ele. Só podemos ser usados completamente quando nos esvaziarmos inteiramente do eu e nos entregamos total e confiantemente a Deus.

E mais, Deus tem grandes lições que anseia ensinar-nos pelas pequenas coisas da vida. “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mateus 7:7).


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