segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vídeo: Na casa da família Andrade o culto é assim...

Douglas, Lucas, Gabriel e Rosangela
A família Andrade sempre teve por hábito ler a Bíblia e orar, mas o culto familiar não era uma atividade sistemática. Há alguns meses, a família decidiu dedicar tempo para buscar a Deus juntos de manhã e à noite. Assista a esta interessante entrevista e saiba como a família Andrade realiza o culto familiar atualmente, o que isso mudou em sua vida e quais têm sido os benefícios tanto para o casal quanto para os filhos pequenos.






Por família Andrade - "Na minha casa o culto é assim..."

domingo, 29 de abril de 2012

O plantio dos anjos no Ararat - parte 1

Há poucas semanas, demos início aqui no Sítio Ararat ao processo de plantio conhecido como Método de Plantio do Anjos. Parte das instruções desse método de plantio foram registradas por Ellen White em Mensagens Escolhidas, volume 3. Outros detalhes foram resgatados à partir de cartas e de outros registros de EGW por alguns voluntários norte-americanos que hoje se dedicam a ensinar o método.


Exemplo de esquema
de plantio segundo o SAF
O Método de Plantio dos Anjos (MPA) não é nenhum mistério, apesar de ser bem diferente do que a agricultura moderna propõe. O processo é um pouco mais trabalhoso, mas o resultado compensa o esforço. Aqui no Ararat decidimos praticar o MPA associado ao Sistema Agroflorestal (SAF) que aprendemos com o amigo e agrônomo (ou jardineiro, como ele prefere ser chamado) Henrique Souza, que transformou o sítio em que mora em um verdadeiro oásis autossustentável. De acordo com o SAF, resumidamente, as plantas não são plantadas de forma isolada, cada espécie em um espaço separado, mas, sim, conforme se vê na floresta natural, em que as espécies crescem juntas e se beneficiam mutuamente.


A seguir, descrevemos com detalhes os primeiros passos que demos aqui no sítio para o preparado da terra segundo o MPA e o SAF:


Decidimos começar o processo com o plantio de árvores frutíferas e árvores para extração de madeira. Como desejamos plantar muitas mudas em um espaço grande de terra, contratamos os serviços de uma retroescavadeira para fazer as covas.


Cova de tamanho 1,0x1,0x1,0m
Segundo o MPA, as covas para árvores devem medir 0,80x0,80x0,80cm. Como a pá da retroescavadeira que contratamos media um metro, nossas covas ficaram um pouco maiores.


Cano de drenagem com 
pedras nas extremidades
Com as covas prontas, demos início à recuperação e ao preparo do solo. O primeiro item que colocamos na cova foi o cano, que segundo o MPA serve para manter as raízes aeradas. Nós usamos o cano de drenagem, com 40cm de comprimento e 10cm de diâmetro, mas pode ser qualquer tipo de cano ou até mesmo um balde virado com a boca para baixo. No caso do cano, é preciso colocar uma pedra em cada uma das extremidades para evitar a entrada de terra. No caso do balde, deve-se colocar uma pedra em cima, para evitar que ele vire.


Covas a cada quatro metros
Optamos por fazer covas a cada quatro metros, pois de acordo com SAF, nesse espaço para árvores de porte grande, cujo crescimento é mais lento, pode-se plantar árvores, arbustos ou outras plantas de porte menor ou de crescimento mais rápido, como maracujá, amora, romã, palmito, etc. Essas plantas frutificarão muitas vezes, e algumas espécies até deixarão de existir, como o maracujá, antes de a árvore de porte grande crescer o suficiente para sombreá-las. Quando finalmente isso acontecer, as árvores de porte pequeno, que já frutificaram várias vezes, servirão de adubo ou até mesmo, dependendo da espécie, permanecerão vivas e produtivas sem atrapalhar as árvores de porte grande. Outra opção é plantar flores entre as árvores, como azaléias ou hortências, transformando o pomar num belo jardim.


Vala para canteiro
Como aqui o clima é em geral frio, decidimos montar uma estufa para o cultivo de vegetais variados, temperos e algumas frutas mais delicadas, como o morango e o tomate. No caso de canteiros, o MPA não indica covas, mas sim valas. As nossas valas medem 0,80cm de largura por 0,80cm de profundidade por 27 metros de comprimento (sim, nossa estufa será bem grande!). Fizemos três valas nessas medidas, uma ao lado da outra com uma distância de 0,80cm entre elas. Assim como nas covas, colocamos ao fundo das valas o cano de drenagem e protegemos as extremidades com pedras.


O próximo passo agora será a mistura da terra e a adição de alguns itens necessários para a recuperação do solo, que antes de chegarmos aqui foi desgastado pelo cultivo de batata com muito agrotóxico, como é de costume na agricultura tradicional. Em breve descreveremos aqui a próxima etapa. Não perca!


Por Karina Carnassale Deana - Vida Campestre 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

"Mas então, o que você come?"


Há alguns anos em nosso consultório, ao final de uma sessão de tratamento, enquanto finalizava a orientação nutricional para uma paciente, contei que eu era vegetariana. Expliquei a ela que não usávamos nem um tipo de carne ou derivado animal e como isso melhorou a nossa saúde. A paciente me olhou com cara de interrogação, porém, logo chegou o próximo cliente e interrompemos a conversa. Passado alguns dias, casualmente nos encontramos no supermercado, e ela ainda intrigada com essa questão perguntou: “Mas então, o que você come?”

Achei uma bela oportunidade a pergunta ter sido feita dentro do supermercado e ainda ali bem em frente às prateleiras de grãos e cereais. Rapidamente pude mostrar que havia muitas opções de alimentos vegetarianos e sugeri algumas ideias de pratos fáceis, gostosos e nutritivos que ela poderia testar. Ofereci umas receitas para ela pegar quando fosse ao consultório. Ela agradeceu ainda meio pensativa e foi embora.

Andrei e seu sanduíche
Assim como ela, creio que há muitas pessoas que não entendem como podemos comer sem carne, ou ainda, não creem que a alimentação vegetariana pode ser ainda mais prática e versátil. Estamos certos de que essas pessoas podem se surpreender com a boa saúde e bem-estar, economia e até mesmo a praticidade que vem desse tipo de alimentação, descobrindo, assim, as bênçãos que advém da obediência ao verdadeiro Deus.

Em um sábado recente, fizemos um famoso “junta panelas” vegetariano e bem prático: lanche no prato. Combinado antecipadamente, cada família trouxe um ou dois itens. Uma ou duas famílias trouxeram o pão integral, outra a salada, outra hambúrguer vegetariano, outra maionese de soja com manjericão, catchup saudável, guacamole e ainda tinha berinjela ao forno e vários outros pratos.

Mesa 100% vegetariana
Fizemos questão de fotografar aquela enorme mesa, farta de bons alimentos. Cada um teve oportunidade de escolher o que comer em qualidade e também na quantidade de forma a “fazer tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31). Confesso que tive que contemplar aquela mesa por uns momentos antes de decidir do que e do quanto me serviria e enquanto estava ali, lembrei-me da paciente e outras pessoas que um dia já me perguntaram: “Mas então, o que você come?” e gostaria muito de que todos estes estivessem ali para contemplar e desfrutar daquele almoço delicioso.  Quanta variedade Deus nos proveu!

Quando encontrar pessoas assim, convide para comer em sua casa ou ofereça algo que você faz e depois envie a receita. Esses simples gestos feitos em amor podem quebrar muitos preconceitos e até mesmo libertar as pessoas de alguns fardos, que às vezes nem se dão conta de que estão carregando!


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pra Pensar: A alimentação e a saúde emocional e espiritual


Citação: “A educação dos israelitas abrangia todos os seus hábitos de vida. Tudo o que dizia respeito a seu bem-estar era objeto da solicitude divina e fazia parte da esfera de ação da lei de Deus. Foi porque o Senhor desejou torná-los Seus representantes que Ele lhes proveu um cardápio especial. [...] O uso de alimentos cárneos foi quase inteiramente proibido. As pessoas deviam ser santas, e o Senhor sabia que o uso da carne seria um empecilho ao seu progresso na vida espiritual. [...] O alimento provido para eles era de molde a promover o vigor físico, mental e moral [...]” (Este dia com Deus, Meditações Matinais, 9 de março de 1980. p. 75).
Pra Pensar: Deus sabia que “a alimentação afeta tanto a saúde física como a moral” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 143), por isso demonstrou tanto cuidado com os israelitas no passado. Essa é uma realidade que vigora ainda hoje. Agora, podemos entender que a alimentação, principalmente no que se refere à ingestão ou não de carne, e a temperança, muito interfere no desenvolvimento do caráter, pois “a sobriedade na alimentação é recompensada com vigor mental e moral; é também eficaz no domínio das paixões” (A Ciência do Bom Viver, p. 308). Sendo assim, nossa saúde emocional e espiritual também está relacionada com a alimentação.
Muitas vezes, desistimos de lutar contra as más influências – sentimentos de raiva, descontentamento ou melancolia – porque pensamos ser incapazes. Realmente, somos incapazes sozinhos, mas se tivermos fé em Cristo como restaurador, se cooperarmos com Ele, obedecendo às leis da saúde e esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor… Ele nos comunicará Sua vida. “Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma” (Ibid., p. 244).
Pense nisso!

Poesia: Corpo – Templo do Espírito de Deus


Nosso corpo é o templo do Espírito de Deus
Por isso, dele devemos cuidar
Com os oito remédios naturais
Para o viver reformar
Confiança em Deus, ar puro, luz solar,
Alimentação natural, água, descanso,
Exercício e temperança.
São os remédios de Deus
Para saúde nos dar
Saúde da mente e do corpo
Para melhor adorar
É a renúncia do “eu”
Para Deus nosso caráter transformar
Nós damos o passo da fé
E à nossa frente o mar se abrirá
Aquilo que Deus pedir
Por Ele vamos deixar
Não tema, confie
Pois, Deus nos honrará
Deus te convida, irmão
Para esta mensagem aceitar
Porque para a fé reavivar
É preciso de reforma já
Jesus em breve virá
Vamos nos preparar
E viver a mensagem
Para aos outros pregar
Vamos cuidar da saúde
E de pé esperemos
O nosso Cristo retornar

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bolo Ararat - totalmente vegetariano




Ingredientes:

  • 3 xícaras de farinha de trigo integral fina
  • Uma pitada de sal
  • 2 colheres de sopa de alfarroba (carob) em pó (opcional)
  • 1/3 xícara de óleo ou azeite
  • 2 xícaras de mel (pode ser açúcar mascavo. Nesse caso, ver dica)
  • 1 xícara de água
  • 2 colheres de sopa de fermento Enger-G Baking Powder (ou 1 colher de sopa de fermento biológico para massas doces. Nesse caso, ver dica)
  • 1/2 xícara de resíduo de leite vegetal ou qualquer castanha ou fruta seca picada de sua preferência (opcional)
  • 1 colher de chá de essência natural de sua preferência
  • Coco ralado para enfeitar
  • 1/3 de xícara de leite de coco para umedecer a massa depois de pronta

Modo de fazer:
Misturar os ingredientes secos, incluindo o resíduo ou castanhas. Em seguida, acrescentar os ingredientes líquidos e misturar bem. Colocar em forma untada e enfarinhada e levar para assar em forno médio por 30 minutos ou até dourar. Depois de desenformar, furar a parte de cima do bolo com um garfo e espalhar o leite de coco de modo que ele penetre na massa. Salpicar o coco ralado por cima.


Dica: Se desejar utilizar açúcar mascavo no lugar do mel, será preciso aumentar a quantidade de água para 1 1/2 xícara. Se desejar utilizar o fermento biológico, a água deverá estar morna e a massa deverá dobrar de volume antes de ser levada ao forno para assar. Da última vez, fiz esse bolo em forma sem furo no meio e achei que a massa assou de maneira mais uniforme. Na forma com furo no meio, a massa assou, mas o fundo ficou levemente queimado.

Bom apetite!



terça-feira, 17 de abril de 2012

Na casa da família Riges o culto é assim...


Luciano, Logan,
Luciana e Larissa
"E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te" (Deuteronômio 11:19).
Foram essas palavras preciosas que tocaram meu coração a levar em consideração o culto familiar. Notei que como mãe aprendiz deveria aprender a agradecer a Deus, assim como os passarinhos, ao amanhecer e ao fim do dia com músicas das escrituras e hinos de louvor. Pequenos atos aos olhos do mundo, mas gratificantes aos olhos do Criador do Universo.
"Nunca subestimeis a importância das coisas pequenas. As coisas pequenas suprem a verdadeira disciplina da vida. É por elas que a alma é educada para poder crescer à semelhança de Cristo, ou trazer a semelhança do mal. Deus nos ajude a cultivar hábitos de pensamento, palavras, olhar e ação, que deem testemunho a todos os que nos cercam de que temos estado com Jesus e dEle aprendido!" (Orientação da Criança, p. 78).
O culto familiar em nosso lar se tornou um hábito diário e como resultado recebi paz e alegria que somente Deus pode trazer. Então, compreendi o motivo da minha alegria e satisfação, aprendi que estava fazendo a vontade de Deus.
"Realizar qualquer dever como ao Senhor, enche de encanto a ocupação mais humilde, e liga os obreiros da Terra com os seres santos que fazem a vontade de Deus, no Céu" (Orientação da Criança, p. 72).
Nossa rotina começa às 7 da manhã, quando após meu culto pessoal, vou acordar as crianças. Assim que abrem os olhos e estão prontas para levantar, nos colocamos de joelhos e com reverência agradecemos a Deus pela proteção da noite toda e por mais um amanhecer.
Após a oração sentamos em um sofá de apenas dois lugares e nos aconchegamos um do ladinho do outro. Começamos com músicas das escrituras, depois umas duas ou três canções bíblicas infantis e para terminar uma música do hinário. Para o culto familiar matinal nossa leitura é de um livro chamado Family Bible Lessons (Sonlight Education Ministries) que cada dia apresenta um conteúdo da bíblia com aplicação na natureza.
Após a leitura, fazemos perguntas e pensamos em tudo que temos para agradecer a Deus nessa manhã e o que precisamos pedir desculpas. Chamo a atenção das crianças para que orem com respeito e reverência, pois é com Deus que estamos falando e se pedirmos a Deus em nome de Jesus, eis que receberemos de acordo com a vontade dEle: "E tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho (João14:13).
Assim que nos levantamos do sofá, estamos prontos para trocar de roupas, arrumar as camas e começar nosso dia.
Ao fim do dia, um pouco antes das 6 ou 7 da tarde, dou banho nas crianças e as deixo preparadas para o culto. Seguimos praticamente a mesma rotina, mas dessa vez a leitura é de um livro ilustrado bíblico ou de lições objetivas. Em uma das lições objetivas, por exemplo, preparei uma caixa de papelão e li a história com antecedência. Desenhei uma porta e janelas na caixa de papelão e na hora do culto fizemos de conta que aquela fosse a nossa casa e que aquele era o dia da Páscoa. Pintamos com tinta vermelha a porta, representando o sangue do cordeiro.
No culto de pôr do sol de sábado geralmente contamos uma história através de gestos e até tentamos nos vestir com roupas dos tempos bíblicos. As crianças se divertem muito. No domingo cantamos os Dez Mandamentos no culto para que no primeiro dia da semana seja relembrado de guardarmos os mandamentos durante a semana toda.
Essas são apenas algumas dicas de como o culto é aqui em casa e me alegro em compartilhar com você. Que Jesus esteja em nosso coração para que tenhamos integridade e persistência ao ensinarmos nossos filhos o caminho que devem seguir: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6). E para finalizar, gostaria de que você pedisse a presença do Espírito Santo para guiá-lo ao melhor entendimento sobre esta citação:
"Desde a infância, Timóteo conhecia as Escrituras; e esse conhecimento lhe foi uma salvaguarda contra as más influências que o rodeavam e a tentação de preferir o prazer e a satisfação própria ao dever. Todos os nossos filhos necessitam dessa salvaguarda; e deve constituir parte da obra dos pais e dos embaixadores de Cristo ver que as crianças sejam convenientemente instruídas na Palavra de Deus" (Orientação da Criança, p. 333).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vídeo: Gêmeas de 3 anos de idade recitam Êxodo 20:12

As gêmeas Amanda e Laura, de três anos e meio, aprenderam recentemente a recitar um dos Dez Mandamentos encontrado em Êxodo 20:12. Elas ainda nem conseguem falar a palavra "Êxodo" direito, mas já têm gravado na mente e no coração esse importante princípio. Vale a pena ensinar os filhos desde a mais tenra idade a amar, respeitar e guardar no coração a Palavra de Deus!

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6).




Por Karina Carnassale Deana - Mãe Aprendiz

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O vestuário da mulher cristã - a história e os conselhos de Deus


Certa vez, uma irmã da igreja, que depois de se batizar optou por não usar calças, mas apenas saias, perguntou-me o que eu pensava sobre o assunto. Fã de calças como era, defendi-as usando todos os argumentos que para mim pareciam satisfatórios. Disse-lhe que se optássemos por usar calças decentes, não havia problema algum. Disse também que os conselhos do Espírito de Profecia indicam como melhor vestimenta a saia, porque na época em que foram escritos as mulheres não usavam calças, mas que hoje as coisas mudaram e que as atividades que as mulheres desempenham exigem essa forma de vestir. Falei tudo isso com muita convicção, mas tinha como base para esse pensamento apenas o “eu acho”. Não é de admirar que a irmã não ficou satisfeita com a minha resposta e continuou rejeitando o uso de calças!
Por outro lado, eu fiquei com “a pulga atrás da orelha”. Apesar de ainda estar convicta de que o uso de calças para a mulher moderna não era uma questão para se preocupar, senti a necessidade de embasar minha opinião em outro fundamento do que apenas o “eu acho”. Assim, depois de um tempo sendo incomodada pelo Espírito Santo, decidi estudar o tema à luz da Bíblia, do Espírito de Profecia e da história do vestuário.
No Espírito de Profecia encontrei diversos conselhos relacionados à vestimenta da mulher, incluindo conselhos sobre a modéstia, decência, asseio, harmonia, boa qualidade, durabilidade, bom gosto, saúde e economia. Entre esses conselhos, porém, encontrei uma citação muito interessante:
“Seria agradável a Deus se houvesse mais uniformidade no vestuário entre os crentes. [...] Se Deus deu direções assim definidas ao Seu povo da antiguidade, acerca de seu vestuário, não tomará Ele conhecimento do vestuário de Seu povo na atualidade? Não deveria haver em seu vestuário uma diferenciação do vestuário do mundo? Não deveria o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, procurar mesmo no vestuário glorificar a Deus? [...] Uma maior uniformidade de vestuário seria agradável a Deus” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 473-475).
Imediatamente comecei a analisar em que o meu vestuário se diferenciava do vestuário do mundo e, sinceramente, não encontrei nada. Apesar de nunca ter usado decotes, saias ou calças agarradas, não havia nada em minha forma de vestir que me diferenciasse de tantas outras pessoas não cristãs decentes que andam pelas ruas. Fiquei pensando também na questão da uniformidade ressaltada no texto. Lembrei-me de fiéis de algumas denominações que se distinguem pela vestimenta e que de longe são reconhecidos. Para ser bem sincera, sempre tive preconceito da forma de vestir desses irmãos e achava que isso não era necessário… mas outra vez percebi que minha opinião estava baseada no “eu acho”. Continuei a pesquisa e me deparei com outra citação ainda mais interessante:
“Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 477-478).
Será que hoje há clara distinção entre o vestuário masculino e feminino? Lembre-se: “clara distinção” não se resolve com meros detalhes de estampa, recortes ou cores. Além disso, note que, de acordo com o texto, a questão envolve muito mais do que apenas calças x saias, mas também todas as peças do vestuário. Será que as peças comumente usadas hoje apresentam clara distinção entre os sexos?
“Há uma crescente tendência de as mulheres usarem vestuário e adotarem aparência mais semelhantes aos do sexo oposto e escolherem seus trajes bem parecidos com os dos homens. Mas Deus declara que isso é abominação. ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia’ (1 Timóteo 2:9)” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 457).
A essa altura de meu estudo, fiquei profundamente incomodada com a ideia de que aquela irmã afinal estivesse certa a respeito de sua maneira de vestir. Mesmo assim, pela dureza do meu coração, decidi estudar a história do vestuário antes de tomar uma decisão. Uma amiga indicou dois artigos em inglês sobre o tema (um deles, Feminism or Femininity, escrito por uma jovem chamada Lacey Brinley, foi parcialmente traduzido abaixo) e outra me enviou um estudo que fez sobre o assunto. O que descobri foi no mínimo surpreendente:

Traje Bloomer
Em 1852, Elizabeth Smith Miller, defensora e apoiadora financeira do movimento feminista, finalmente decidiu colocar um basta em seu descontentamento quanto ao vestuário feminino de sua época. Para ela, aquela maneira de vestir era mais um símbolo da diferença entre o homem e a mulher. Assim, decidiu que não usaria mais aquele vestido, mas “calças turcas” – calças compridas até a altura do tornozelo – com um vestido curto que terminava um pouco abaixo dos joelhos. Ao visitar a prima, Candy Stanton, foi apresenta à sua amiga, Amelia Bloomer. As duas ficaram maravilhadas com o estilo revolucionário de Elizabeth e imediatamente adotaram o modelo. Amelia publicou em um jornal o novo vestuário e à partir daí o traje ficou popularmente conhecido como “bloomer”, em homenagem a Amelia. Em pouco tempo outras mulheres adotaram o novo estilo também e passaram a usar calças. No entanto, nem todos aprovaram a nova proposta de vestuário. Uma contemporânea dessas mulheres descreveu o novo modelo e seus efeitos com as seguintes palavras:
“Há ainda outra moda de vestido que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje. Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. [...] Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deuteronômio 22:5: ‘A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus.’ Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. [...] Paulo pronunciaria uma repreensão, fosse ele vivo hoje, se contemplasse mulheres que professam piedade usando esta moda de vestuário” (Ellen White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 477-478).
Traje Americano
“A suposta reforma do vestuário é acompanhada de um espírito frívolo e audacioso. A modéstia e o recato parecem ter-se afastado de muitos que adotam esse estilo de vestuário. Foi-me mostrado que Deus requer que adotemos uma conduta coerente e explicável. Se as irmãs adotarem hoje o traje americano, anularão a própria influência e a de seus maridos” (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 422).
“Deus não deseja que Seu povo adote essa pretensa reforma de vestuário. Trata-se de um vestuário ousado, completamente inadequado às modestas e humildes seguidoras de Cristo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 457).
Declarações fortes, não? O interessante é que o traje americano, ou traje bloomer, era muito mais decente e feminino do que o vestuário atual e, mesmo assim, foi reprovado pela mensageira de Deus. Mas por que esse traje foi reprovado?
“Parte da reposta, talvez se encontre no fato de que as responsáveis por iniciar a moda – Elizabeth Miller, Candy Stanton e Amelia Bloomer – como também a maioria das mulheres que a adotou, eram feministas. Paremos por um instante e façamos a pergunta: ‘O que significa ser feminista?’ Feminista é alguém que crê que as diferenças políticas, sociais ou econômicas entre o homem e a mulher estão erradas. O movimento feminista nos Estados Unidos começou com mulheres como a Srta. Miller e suas amigas, que tentaram acabar com tais diferenças. Elas não criam que o homem e a mulher podem ter papéis diferentes e ainda assim possuírem igual valor. A Srta. Stanton até mesmo ousou criar The Women’s Bible [A Bíblia da Mulher], uma versão da Bíblia em que os comentaristas tentam justificar os textos que apresentam as diferenças entre o homem e a mulher. Ela escreveu:
‘Não creio que homem algum jamais viu ou conversou com Deus, não creio que Deus inspirou o código mosaico, ou revelou aos historiadores o que eles relatam que Ele fez com relação à mulher, pois todas as religiões da face da Terra a degradam, e enquanto as mulheres aceitarem a posição a ela designada, sua emancipação será impossível… A lei canônica, as Escrituras, os credos e os códigos e a disciplina das igrejas predominantes carregam a imagem do homem falível…’ (Elizabeth Candy Stanton, The Woman’s Bible, part 1, p. 12-13).
“Além de desafiar a ordem de Deus expressa em Sua Palavra, o movimento feminista possui fortes laços com o espiritismo. A Srta. Stanton, juntamente com outras líderes feministas, tinham forte interesse pelo mundo espírita. Na verdade, na ocasião em que ela ajudou a redigir a ‘Declaração dos Direitos e Opiniões’ feministas, espíritos começaram a bater na mesa.
“O movimento feminista também foi utilizado para ajudar a estabelecer o Marxismo. Em uma carta escrita em 1868, o próprio Karl Marx afirmou: ‘Grandes transformações sociais são impossíveis sem uma fermentação entre as mulheres.’ O movimento feminista proveu essa fermentação – uma agitação de descontentamento que enfraqueceria a estrutura cristã da sociedade. Os seguidores de Marx apontaram que ‘a questão da mulher’ sempre desempenhou um papel importante na obra revolucionária [exemplos de tais declarações podem ser econtrados em www.marxist.com por Ana Munõz e Alan Woods].
“Isso é feminismo. Essas foram as primeiras mulheres norte-americanas a usarem calças” (Lacey Brinley, Feminism or Femininity).
E o que o Espírito de Profecia tem a dizer sobre o movimento feminista?
“Os que se sentem convocados a unir-se ao movimento em prol dos direitos da mulher e da suposta reforma do vestuário, podiam romper toda ligação com a mensagem do terceiro anjo. O espírito que acompanha um movimento não pode estar em harmonia com o outro. As Escrituras são claras a respeito dos procedimentos e direitos dos homens e mulheres” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 457).

Ciclista
Elizabeth Miller, Candy Staton e Amelia Bloomer com o tempo desistiram de seu novo visual devido às gozações do público em geral, que a princípio não aprovou o estilo proposto por elas, mas não deixaram de tentar suprimir as distinções entre o homem e a mulher. Apesar de as pioneiras no uso de calças terem desistido de usá-las, a ideia não morreu e as mulheres passaram a usar esse vestuário para realizar atividades específicas, como o ciclismo. Em 1960, na segunda onda do feminismo, criou-se o vestuário unissex e as calças se tornaram um símbolo da rebelião feminina e sua nova função – não mais a auxiliadora e aquela que completa o homem, mas sua adversária e concorrente.
Ao final desse breve estudo da história, deparei-me com uma decisão a ser feita, uma decisão bem difícil, afinal, mexer no guarda-roupa e no visual não é fácil para nenhuma mulher. No entanto, os textos do Espírito de Profecia e a história resumidamente descrita acima foram suficientes para me convencer de que uma mudança precisava ocorrer em minha forma de vestir. Talvez, você sinta a necessidade de mais embasamento para uma decisão assim. Material não falta. Convido-a a fazer sua própria pesquisa, seu próprio estudo, e pedir a direção do Espírito Santo. Tenho certeza de que Deus lhe mostrará a coisa certa a fazer. Insistir, porém, em fundamentar nossas opiniões no simples “eu acho” ou no senso comum é muito perigoso. Nossas decisões devem fundamentar-se sempre em um “assim diz o Senhor”.
Há quase dois anos meu guarda-roupa passou por uma completa transformação. A princípio precisei “me virar” com as poucas peças que foram aprovadas segundo o novo conceito de modéstia que adquiri. Pouco a pouco novas peças foram sendo acrescentadas. Pensei que fosse demorar para acostumar com o novo visual, mas me enganei. O Senhor é tão bondoso que me ajudou a gostar do estilo de vestuário que Ele designou. Descobri que o Espírito Santo é um excelente consultor de moda cristã! O engraçado é que depois que passei a me vestir dessa forma, percebi que comecei a me vestir melhor e a me sentir mais feminina.
Além disso, fiquei surpresa ao ver como esse novo vestuário abre oportunidades para testemunhar entre cristãos de outras denominações, especialmente os que valorizam a modéstia cristã, e os não cristãos. Outra dia, ao deixar o carro em um estacionamento no centro da cidade, o dono do estacionamento abordou meu esposo e eu perguntando: “Vocês são cristãos, não são? De que igreja vocês são?” A partir daí tivemos a oportunidade falar de temas religiosos com esse senhor, que não apenas é cristão, mas pastor de uma denominação, e encerramos a conversa dando de presente para ele um exemplar de O Grande Conflito. Ao entregar-lhe o livro, ele ficou surpreso e emocionado. Disse: “Vocês não acreditam, mas faz anos que estou atrás desse livro e não sabia onde encontrar. Um conhecido disse que quando leu esse livro sua vida foi transformada. Infelizmente, ele não tinha mais o livro com ele e eu fiquei curioso para lê-lo. Esse presente que vocês estão me dando é de Deus, não tenho dúvida!” Curiosa, perguntei para ele como sabia que éramos cristãos sem nem mesmo nos conhecer. Ele respondeu: “Quem é de Cristo a gente conhece de longe. Tudo é diferente. O modo de vestir, de agir, de falar….” Esse senhor é de uma denominação que valoriza a modéstia cristã. Se eu estivesse usando calças, será que me daria ouvidos? Essa foi apenas uma das muitas oportunidades de testemunho que tive depois da mudança do guarda-roupa.
Se como eu no passado você pensa que esse estilo de vestimenta é brega e enfeia a mulher, digo que você pode estar completamente enganada. Realmente há maus exemplos de desleixo e falta de bom gosto, mas você e eu não precisamos e não devemos ser assim. A seguir, fotografamos algumas amigas que adotaram esse estilo de vestuário também. Estas não são as únicas opções. Existem inúmeras! É possível fazer a vontade de Deus hoje e ainda continuar desempenhando nosso papel com feminilidade.
Para finalizar, uma última citação para a nossa reflexão:
“Do mesmo modo [falando a respeito das vestes sacerdotais do antigo Israel] as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se em todos os aspectos pelo asseio, modéstia e pureza” (Mensagens aos Jovens, p. 358).
Sugestão de leitura adicional do Espírito de Profecia:
  • Mensagens Escolhidas, v. 2, capítulo 6.
  • Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 278-279.
  • Orientação da Criança, capítulos 65, 66 e 67.
  • Testemunhos Para a Igreja, v. 1, capítulo 83.
  • Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 635-641.
Outros artigos sobre o tema:
Assista também:



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