segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Branco na virada


Em poucas horas finda-se 2013. Vamos nos vestir de branco na virada do ano?

Nessa ocasião é comum e prudente fazermos uma avaliação de nossa vida. Vejamos algumas orientações do Senhor, dadas através de uma carta de aniversário de E. G. White ao seu filho Edson (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 239-246):

Como o reconsideras tu? Tens acaso feito progresso na vida religiosa? Tens crescido na espiritualidade? Tens crucificado o eu, com suas afeições e concupiscências? Tens crescido em interesse no estudo da Palavra de Deus? Obtiveste decisivas vitórias sobre teus próprios sentimentos e caprichos? Oh! qual tem sido o registro de tua vida durante o ano que acaba de passar para a eternidade, para nunca mais voltar?

Ao entrares em um novo ano, faze-o com nova resolução de seguir direção progressiva e ascendente. Seja tua vida mais elevada do que tem sido até aqui. Faze que o teu objetivo não seja buscar o próprio interesse e prazer, mas promover o progresso da causa de teu Redentor.... Visa honrar a Deus em tudo, sempre e em toda parte. Põe em tudo tua religião.

O método de avalição também nos é dado. Vejamos:

Por que meio havemos de determinar de que lado nos encontramos? Quem possui o coração? Em quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem possui nossas mais calorosas afeições e melhores energias? Se nos achamos do lado do Senhor, nossos pensamentos estão com Ele, e nossos mais suaves pensamentos são a Seu respeito. Não temos amizade com o mundo; tudo quanto temos e somos, consagramos a Ele. Almejamos trazer Sua imagem, respirar Seu Espírito, fazer-Lhe a vontade e agradar-Lhe em tudo.

O problema crônico de Laodiceia é querer servir a Deus e ao mesmo tempo servir ao próprio eu. Como podemos resolver essa questão?

Não podes servir a Deus e a Mamom. Ou estás totalmente do lado do Senhor, ou do lado do inimigo. "Quem não é comigo é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha." Mat. 12:30. Algumas pessoas tornam sua vida religiosa um fracasso, porque estão sempre vacilando, e não têm determinação. Sentem-se frequentemente convictos, e chegam quase ao ponto de fazer a entrega de tudo a Deus; mas, deixando de chegar ao ponto, voltam novamente atrás. Enquanto nesse estado, a consciência vai-se endurecendo, e ficando cada vez menos susceptível às impressões do Espírito de Deus. Seu Espírito adverte, convence, e é desatendido até que quase Se afasta, ofendido. Com Deus não se brinca. Ele mostra claramente o dever, e se há negligência em seguir a luz, esta se torna em trevas. Deus pede que te tornes coobreiro Seu em Sua vinha. Começa exatamente onde estás. Chega-te à cruz e aí renuncia ao próprio eu, ao mundo, a todo ídolo. Recebe inteiramente a Jesus em Teu coração.

Concluímos com a recomendação infalível:

Faze inteira entrega a Deus; submete tudo sem reservas, e busca assim aquela paz que excede o entendimento. Não te é possível receber nutrição de Cristo, a menos que nele estejas. Se não estiveres nEle, és um ramo seco. Não sentes tua necessidade de pureza e verdadeira santidade. Deves experimentar sincero desejo de ter o Espírito Santo, e orar fervorosamente para obtê-Lo. Não podes esperar a bênção de Deus sem a buscares. Caso empregasses os meios ao teu alcance, experimentarias crescimento na graça, e te erguerias a uma vida mais elevada.

Que nessa virada de ano, durante 2014 e para sempre estejamos vestidos com a Justiça de Cristo e que nossa oração seja sempre: “Pai... não seja como eu quero, mas como Tu queres" (Mateus 26:39).

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O Natal na vida campestre


Entre as datas populares, o dia de Natal figura como uma das mais significativas. Em geral, é um momento que proporciona reuniões de familiares e amigos, troca de presentes, ações sociais em favor dos necessitados e parece despertar bons sentimentos nos corações.

A vida campestre é um presente de Deus. Não apenas para a qualidade de vida, mas por abrir os nossos olhos para sonho de Deus para nossa vida eterna, começando hoje mesmo, aqui. Dessa maneira, vemos como somos levados a reavaliar cada aspecto da nossa vida e se efetivamente está em conformidade com a vontade do Pai. Vemos como podemos, na prática, aplicar 1 Coríntios 10:31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.

Quando menos esperávamos, no primeiro Natal depois da nossa mudança, ficamos incomodados com algumas questões relativas a esta data e descobrimos certos aspectos que nos levaram a repensar nossas atitudes nesse período do ano.

Primeiramente, como se é dito, o Natal refere-se ao nascimento de Jesus.  Esse ponto foi fundamental. Sabemos a data do Seu batismo, morte, ressurreição, ascensão, início do sacerdócio no Céu, passagem ao santíssimo, mas não sabemos o dia do Seu nascimento! (Para saber qual a época do nascimento de Cristo, clique aqui)

Outro ponto: Quais são as celebrações indicadas na Palavra de Deus? Desde o Éden, somos  chamados a celebrar semanalmente o símbolo da Criação e da Redenção, o sétimo dia da semana, o santo sábado do Senhor. “Lembra-te do dia de sábado para o santificar” Êxodo 20:8. Após a vinda de Cristo, conforme Seu próprio exemplo e orientação, foi instituída a celebração da cerimônia da comunhão, a Santa Ceia. Jesus não apresentou uma data ou uma periodicidade específica. Apenas disse: “Fazei isto em memória de Mim” (Lucas 22:19).

O próprio aniversariante não deixou claro o dia do aniversário e nem o desejo de que fosse celebrado. Contudo, ressaltou muitos outros aspectos da vida cristã que deveríamos seguir. Viveu 33 anos aqui dando-nos exemplos práticos da vida cristã que todos podemos e devemos viver integralmente, plenamente, todo o tempo. “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” João 13:15. Dessa maneira, entendemos que a memória da vida de Jesus como homem e Seu exemplo devem estar presentes em todos os dias do ano, não especificamente em um.

“Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.” O Lar adventista, p. 477.

Em nossa mente veio a pergunta. “Mas, que mal há? Não podemos seguir o costume em que fomos criados? Que problemas estariam envolvidos no costume da troca de presentes, no reencontro familiar em torno da mesa com tantos alimentos, etc.?

Voltando à Palavra de Deus, observa-se que a chave estava na questão do “costume”, ou seja, da “tradição”. O que diz Deus sobre nossas tradições?
“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” Colossenses 2:8.

“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. …Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas, em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” Mateus 15:6, 9.

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais” 1 Pedro 1:18.

É o propósito divino que deixemos as nossas tradições e sigamos os costumes do Céu. Fomos resgatados com o precioso sangue de Cristo para vivermos no centro da vontade divina.

Buscando conhecer melhor a tradição do Natal, descobrimos alguns dados interessantes:

Quando foi instituída a comemoração do Natal? 

De acordo com a Enciclopédia Britânica de 1946 e a Enciclopédia Americana de 1944, a festa não foi observada pelos cristãos primitivos durante os primeiros três séculos da nossa era. Teve origem no século IV, por instituição da Igreja Católica Apostólica Romana.

O dia 25 de dezembro está ligado à festividade da brunária pagã (dia 25), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol” - “Natalis Solis Invcti” (O Nascimento do Sol Invencível). Com a aprovação dada por Constantino para a guarda do domingo (321 a.C.), dia em que os pagãos adoravam o Sol, em contraposição ao sábado bíblico, e como a influência do maniqueísmo apontava o filho de Deus como o Sol estelar, esses pagãos do século IV, agora “convertidos” em massa ao “cristianismo”, encontraram o argumento necessário para denominar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-Sol) de dia do nascimento do filho de Deus. As autoridades cristãs fizeram a escolha desta data, que foi mais tarde reconhecida pelo Papa Julius I (337 -352).

O prof. Rainer Sousa, Historiador, faz a seguinte analogia: “Com a oficialização do cristianismo no interior do Império Romano, várias destas datas foram incorporadas com o propósito de alargar o número de convertidos à nova religião do Estado. Nesse processo, o dia 25 de dezembro foi instituído como a data em que se comemorara o nascimento de Jesus Cristo. Na verdade, várias analogias entre as tradições pagãs e os valores cristãos oferecem uma grande proximidade entre os significados atribuídos a Cristo e as divindades anteriormente cultuadas.” (http://www.brasilescola.com/natal/historia-natal.htm)

O Natal é, portanto, a mesma velha festividade pagã de adoração ao Sol em contraposição ao Deus verdadeiro.

A árvore de natal e os presentes

A origem da árvore de Natal está ligada a Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, o que liderou a construção da torre de Babel. Seu nome deriva da palavra “Marad” e significa “aquele que se rebela”. Ninrode se afastou de Deus. Era tão perverso que se teria casado com a própria mãe, Semíramis! Depois de morto, Semíramis espalhou que Ninrode sobrevivia como um ente espiritual. Segundo ela, um grande pinheiro havia crescido de um dia para outro, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. Todos os anos, no dia do nascimento de Ninrode (algumas fontes apontam para o dia 25 de dezembro), “ele” (um ser espiritual) visitava a árvore e deixava “presentes” para sua mãe-esposa. Há outras culturas que veneram árvores, como os egípcios que veneravam palmeiras, os romanos que tinham o Abeto decorado com cerejas negras durante a Saturnália e os druidas, que tinham o carvalho como sagrado (Walsh Curiosities of popular customs, pág. 242).

A Enciclopédia Barsa, v. 11, p. 274, diz: “A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore, em homenagem ao deus-menino.”


Outros paralelos ao paganismo são que no Egito, [Semíramis e Ninrode] chamavam-se Isis e Osíris; na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna e Júpiter, até mesmo outros países como a Grécia, China, Japão e Tibete encontra-se o equivalente da Madona, ou na América do Sul, deusa-mãe virgem Caraíba –muito antes do nascimento de Jesus.

Em Jeremias 10:2-4 está escrito - “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais do céu; porque deles se espantam as nações, pois os costumes dos povos são vaidade; corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.”

Na Enciclopédia Britânica, vol.19 páginas 648-649, 11ª edição inglesa, está escrito uma das prováveis origens dos presentes: “São Nicolau, bispo de Mira (séc. V), era um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro… A uma lenda de suas dádivas oferecidas às escondidas, de dotes, às três filhas de um cidadão empobrecido…” Daí teria surgido a prática de se dar presentes “às escondidas” no dia de São Nicolau (6 de dezembro). Mais tarde o costume foi vinculado às festividades do dia 25 de dezembro.

Além da tradição, atualmente o costume de presentear virou grande apelo ao consumismo e egocentrismo, totalmente opostos ao espírito cristão. Movem um sistema econômico que vai em sentido oposto às verdadeiras necessidades das pessoas.

E os sábios do oriente, não introduziram o costume de presentear ao levarem as dádivas a Jesus?

Os presentes levados evidenciavam apenas de que O reconheciam como rei. Seguindo o costume da época, levaram presentes a uma autoridade, assim como a rainha de Sabá levou presentes a Salomão. Portanto, não fizeram nada de novo. Ressalta-se apenas que levaram presentes PARA Jesus.
Temos a orientação profética, conforme está no livro O Lar Adventista, sobre a árvore e os presentes:

Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore” O Lar Adventista, p. 482.

Sobre a declaração acima, que demonstra claramente a oposição em formato e motivação aos costumes anteriormente mencionados, vemos que a árvore em seu estado natural, como criação de Deus, foi o único objeto que foi mencionado como podendo ser aplicado em nossas igrejas. Exclusivamente nossas ofertas e dádivas aos necessitados devem adorná-los.

Faria sentido em uma comemoração de aniversário dar presentes aos convidados? Parece estranho. Cristo falou que quando fizéssemos a qualquer um dos pequeninos, ou aqueles que necessitam, estaríamos fazendo a Ele mesmo. Isso faz sentido, porque estamos presenteando a Pessoa certa.

Há ainda outros símbolos, mas nenhum deles foi sancionado para estar em nossos lares. As velas faziam parte do ritual para reanimar o deus sol, sendo acendidas ao ocaso, quando o sol se extinguia para dar lugar à noite. As bolinhas de enfeite tiveram a origem nos cultos a Baal, quando após os sacrifícios de crianças meninas, suas cabeças ensanguentadas eram penduradas na árvore. Compare a analogia das bolinhas vermelhas com lacinhos – muito macabro. As guirlandas, ou coras verdes, são sinônimos de memorial de consagração. Frederick J. Haskins em seu livro Answer to Questions: 

"A guirlanda remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do atual Natal.” Elas eram sinônimos de portas de entrada ao espíritos ou locais consagrados às deidades. Que triste vermos esse símbolo em portas de lares cristãos! Existe apenas uma guirlanda na Bíblia e esta foi feita de espinhos, como símbolo de escárnio, para colocar na cabeça de Jesus no dia de sua morte. Não simboliza nenhuma celebração.

E a tão esperada Ceia de Natal? O que estaria envolvido neste momento considerado tão especial? Além da origem não cristã e da prática de excessos, devemos nos lembrar de que os princípios de cuidado do corpo e da mente como templo do Espírito Santo são aplicáveis a todos os dias do ano, sem exceções nos feriados. Além do grande tempo e dinheiro despendidos nos preparativos para a ceia, os alimentos tradicionais não correspondem aos indicados por Deus. A quantidade, a variedade excessiva e o horário da meia-noite também não promovem restauração da saúde. Uma refeição simples, no horário correto e com os alimentos que Deus indicou seria um testemunho para os amigos e familiares que não conhecem Jesus.

Depois de tantas considerações, chegamos à pergunta prática: Afinal, como cristãos fiéis no final da história deste mundo, deveríamos ou não despender nosso tempo com as festividades natalícias?

Deus nos apresenta os princípios e nos dá mentes inteligentes para aplicarmos o princípio em cada situação do cotidiano. Por isso não precisou fazer uma lista com todas as regras.

Primeiramente, não apenas atentamos ao que pode ser bom ou louvável, mas aquilo que é essencial à nossa salvação e ao cumprimento da missão. Outro princípio é o de Filipenses 4:8 – Deus quer que nossa mente se ocupe com o que há de melhor!

Vamos, então, ao claro “assim diz o Senhor”: “As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar.” — Manuscrito, 13, 1896, e Lar Adventista, p. 482.

Por tudo o que descobrimos, vimos que o Natal conforme o conhecíamos não
está em harmonia com o modelo de Deus para nós. Não podemos seguir as tradições que conhecemos até aqui. Porém, não deixa de ser uma oportunidade que pode ser usada para honrar o Seu nome. O Natal, à semelhança de outras festas populares, como a Sexta-Feira Santa, pode ser uma oportunidade apropriada para apresentar o Senhor Jesus num momento em que muitos corações estão propensos a isso.

Nossa pequena cantata
na casa de vizinhos
No ano passado decidimos experimentar um Natal com a aplicação desses princípios. Sem ceia, sem enfeites ou troca de presentes, fomos em família às casas de nossos amigos e vizinhos aqui do sítio, cantando hinos de louvor a Deus e dizendo o quanto eram importantes para nós. Levamos palavras de conforto a uma família com o filho doente e procuramos estender a eles a paz que sentíamos e que o mundo não pode dar, a paz de Cristo.
Lendo a Palavra de Deus
aos amigos visitados

Em cada lar pudemos ler a Palavra de Deus e orar com eles. Fomos muito abençoados com essa experiência. Nosso propósito era levar a verdadeira mensagem do Natal.

Deus nos comissionou a dar ao mundo uma mensagem para este Natal – assim como para todos os dias: “Há muitas verdades preciosas contidas na Palavra de Deus, mas é da ‘verdade presente’ que o rebanho necessita agora. ...O santuário, em conexão com os 2.300 dias (Dn 8:14), os mandamentos de Deus (Êx. 20:3-) e a fé de Jesus (Ap. 14:12). ...Esses, tenho frequentemente visto, são os principais assuntos sobre que os mensageiros se devem demorar.” Primeiros Escritos, p. 63. Não é só uma mensagem de Natal, mas para ser dada todos os dias, todo o tempo, até a vinda de Jesus.

Aproveite o tempo que Deus lhe conceder. Comece hoje mesmo. Continue amanhã, depois e depois. Comece já a se preparar para o próximo ano. Todos os dias podemos presentear quem é de direito, o Senhor Jesus, com o melhor presente – um coração convertido, agradecido, obediente e pronto a seguir o Seu exemplo em pensamentos, palavras e ações, especialmente em ministrar em favor de todos os corações aflitos e necessitados.



Afinal, quando Jesus nasceu?


Historicamente, o ano do nascimento de Jesus é 4 a.C. Mas, se Ele não nasceu em 25 de dezembro, em que época aproximadamente teria nascido? 

Analisemos algumas evidências:

O período de trabalho de Zacarias: Em Lucas 1:5 está escrito que Zacarias, pai de João Batista era membro da ordem sacerdotal de Abias. Em Crônicas descobrimos que havia uma escala para os serviços dos sacerdotes e sobre o seu funcionamento. Por ocasião das festas principais, os sacerdotes eram chamados a também cumprir alguns serviços (Deuteronômio 16.16). Pode-se concluir que Zacarias permaneceu em serviço até pelo menos ao final da 10ª semana do ano judaico, servindo até após a festa de Pentecostes.

João Batista: Conforme está registrado em Lucas 1.23-24, Zacarias retornou para casa logo após o serviço e João Batista foi concebido um pouco depois, provavelmente na última metade do mês de Sivan (maio/junho).

Quando Jesus foi concebido: Os registros de Lucas 1:26-27 e Lucas 1:36 informam que Maria concebeu a Jesus no sexto mês da gravidez de Isabel (mãe de João Batista), no final do mês de Kislev (novembro/dezembro). Esse período coincide com a Festa das Luzes, ou Hanukkah, festa instituída na segunda revolta dos macabeus, na rededicação do templo. Jesus, a Luz do Mundo, foi concebido no período da festa das luzes. Seria coincidência?

Nascimento de João Batista: Iniciando a contagem das 39 ou 40 semanas da gestação humana a partir do terceiro sábado de Sivan, o nascimento de João Batista deve ter ocorrido no período da Páscoa, no mês de Nisan. A observação importante é que os judeus aguardam o retorno de Elias, conforme a profecia de Malaquias 4:5, por ocasião dessa festa. Conforme Jesus falou, João Batista era o Elias esperado.

A experiência dos pastores nas colinas de Belém: O registro de Lucas 2:8 afirma que pastores estavam nos campos cuidando de suas ovelhas. (Nota: ao receberem a notícia do nascimento de Jesus, estavam no campo, não nas cidades). Dezembro não seria apropriado para isso, devido ao inverno no hemisfério norte. Certo comentário no Talmude explica que os rebanhos costumeiramente ficavam ao ar livre no mês de março e posteriormente eram recolhidos entre outubro e novembro. Essa passagem, portanto, limita o nascimento de Jesus ao período entre o final da primavera e o início do outono no hemisfério norte.

O nascimento de Jesus - Emanuel: Acrescentando-se os nove meses à concepção de Jesus ou seis meses do nascimento de João Batista, o nascimento de Cristo deve ter ocorrido na segunda metade do mês de Tishri, entre setembro e outubro, no período da festa dos tabernáculos. Diz o profeta: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um Filho, e chamará o Seu nome Emanuel.” Isaías 7:14. Emanuel significa “Deus conosco” e a palavra “tabernáculo” significa habitar, morar.

Vemos que todas as festas judaicas e os rituais do santuário apontavam para Cristo. A Páscoa, simbolizando sua morte. Pães ázimos, o corpo de Cristo sem pecado – o dia em que esteve no túmulo. As Primícias, sua ressurreição. Essa era a única festa que não era considerada como sábado cerimonial (Por que o mundo cristão deseja usar essa festa – a ressurreição de Cristo – para a substituição do sábado bíblico de Êxodo 20:8?). O Pentecostes, o início do sacerdócio no lugar Santo no verdadeiro Santuário que está no Céu, como nosso único Intercessor, e ao final dos 2.300 anos de Daniel 8:14, desde 22 de outubro de 1844, ministra como nosso Sumo Sacerdote e Intercessor no Lugar Santíssimo, onde está preste a finalizar a Sua obra de purificação do Santuário celestial – o Dia Antitípico da Expiação. Esse período foi anunciado em alta voz, conforme a festa das Trombetas, com o anúncio da primeira e segunda mensagens angélicas de Apocalipse 14.

Ao mesmo tempo que ocorre a purificação do Santuário no Céu, deve ocorrer a nossa purificação, ou seja, devem ser apagados os pecados em nossa vida para que consequentemente sejam apagados dos livros do Céu, mediante os méritos de Cristo. Essa é a terceira mensagem angélica, a justiça pela fé em Jesus, para aqueles que possuem a fé de Jesus.

E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.” Mateus 1:21.

Essa é a obra de Cristo. Salvar do pecado todo aquele que desejar e aceitar os Seus méritos, a Sua intermediação e que permitam ser purificados por Ele.
Está próximo o dia em que essa obra será finalizada, ou seja, a finalização da história do pecado no meio do povo de Deus, o fim do ministério de Cristo no Santuário celestial. Finalmente, falta a festa dos Tabernáculos, ou festa das Barracas. Sabe o que representa? O reencontro de Cristo com os milhões que O aceitaram em todos os séculos, quando vier para buscá-los:

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também.” João 14:1-3.

Não gostaria de se preparar para essa grande festa? Eu quero estar lá.



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Assado do-que-tem

Aprender a reaproveitar as sobras é uma habilidade essencial na cozinha para evitar o desperdício. A receita a seguir é uma ótima alternativa para dar fim a todos os restinhos pendentes na geladeira de uma forma bem fácil e saborosa!


Assado do-que-tem da Karina

Ingredientes:
  • 3 xícaras de sobras de pão integral trituradas no liquidificador
  • 1/3 de xícara de azeite
  • 1/2 xícara de água ou mais para hidratar
  • 1/3 de xícara de castanha triturada (opcional)
  • Sal a gosto
  • Cheiro verde a gosto
  • Orégano a gosto
  • Tomate picado
  • Azeitona picada
  • Sobras a gosto (como de saladas ou refogados, por exemplo)

Modo de fazer:

Misturar todos os ingredientes e colocar em um refratário. Levar ao forno em temperatura média até ficar douradinho. Se preferir um aspecto crocante, não passar a colher por cima da massa. Se preferir um aspecto mais lisinho, passar a colher para compactar a massa. Ótima receitinha para o almoço de sexta-feira, não?!

Receita criada por Vanessa Rosa e aprovada por minha família!

Confira a versão doce desse assado clicando aqui.

Para conhecer a originadora do nome "do-que-tem", clique aqui.

Bom apetite!

Por Karina Carnassale Deana - Saúde Total

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Passo 1 na mudança para o campo: a hora tranquila

"Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal." Provérbios 1:32, 33

Já tomou sua decisão? Espero que sim. Esse é o passo que será dado a cada momento. Deus colocou à nossa disposição todo o poder no Céu e na terra para executarmos em nossa vida a Sua vontade, mas não se propõe a tomar a decisão por nós. É uma obra de cooperação em que está presente também o componente da fé. Que Deus maravilhoso que coloca em tão grande conta a lei da liberdade.

Como vimos no primeiro post desta série, a vida no campo não é um plano imobiliário, mas um modelo para o resgate das famílias. Sendo assim, Deus quer estar intimamente envolvido conosco. Aliás, temos que perguntar tudo a Ele, porque disso nada sabemos. Vivemos desde sempre não no modelo de RESGATE, mas de DESGASTE das famílias. Por melhores que sejam nossas intenções, se estivermos no controle, o fracasso será o resultado. Pelo texto de Provérbios 1:32, 33 vemos que aquele der ouvidos a Deus estará livre do temor do mal. Não é justamente o que sentimos quando pensamos em sair? Medo do que iremos sobreviver, de como educar nossos filhos, medo da falta de segurança e tantos outros medos. O medo é sadio enquanto nos leva à proteção, mas é doentio quando nos impede de exercer a fé.

Sabe por que Deus quer que Lhe demos ouvidos? Se acha que está despreparado, ou pelo menos não preparado o suficiente, com muitas dúvidas a serem esclarecidas, são justamente esses os motivos. Nós NÃO sabemos. Podemos ter conhecimento em muitas áreas, podemos até já ter morado no campo, mas...


"Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:8, 9


A saída para o campo é a oportunidade de aprendermos a oportunidade de passar todo o controle da nossa vida ao Senhor. Aprender a ser mordomo e servo. Saber que Deus tem um plano específico para cada família, porque envolve a lapidação do caráter para a vida futura com os seres celestiais. Por esses pensamentos foi nos deixada a mensagem : “Nossa obra presente é SAIR do mundo e ser separados. É essa a única maneira em que podemos andar com Deus, como fez Enoque.” Testemunhos Seletos, v. 2, p. 207

A hora tranquila é o primeiro chamado para a saída. É dedicar a primeira hora do dia ao convívio com o Senhor. É pedir perdão de forma específica e diariamente experimentar o arrependimento e conversão pela fé para o abando do pecado. É falar com Ele das bênçãos recebidas, apresentar os planos e anseios para dia e escutar em silêncio o que tem a nos dizer. Sim, Ele falará diretamente. Há muitos bons livros, mas para essa hora, apenas a Palavra de Deus contida na Bíblia  e em Seus Testemunhos devem ser utilizadas. Direto da Fonte. Quantos tesouros estão ali guardados para nós. Se ainda não teve essa experiência, não dê o passo da saída sem descobrir quais são os pensamentos de Deus.

Quando fomos chamados a sair, pouco a pouco descobrimos que não conhecíamos nosso Senhor. Usávamos o nome de cristãos, mas pouco tempo passávamos com o Senhor. E no pouco tempo, compreendíamos mal o que Ele tentava nos falar. Mesmo assim, a cada dia temos sido resgatados à comunhão com Cristo. Somos chamados à hora tranquila não para que Deus Se achegue a nós, mas para podermos ser elevados até Ele. Não é Ele que não nos fala, mas nós que não ouvimos.

“Vinde a Mim.” Mateus 11:28. Quer aceitar o convite?

A hora tranquila demonstra a quem nós adoramos. Ela também nos prepara para o convívio com Deus durante todo o dia, na experiência do verdadeiro conhecimento de Deus.

"Conhecer a Deus é, no sentido bíblico da expressão, ser um com Ele em coração e mente, tendo um conhecimento experimental dEle, mantendo reverente comunhão com Ele como Redentor. Essa comunhão só pode ser obtida mediante sincera obediência." Olhando para o Alto, p. 326.

Observe que a hora tranquila nos leva à ação, à sincera obediência, à plena conformidade com a vontade de Deus.

Outro passo que está intimamente ligado à hora tranquila é a restauração do altar da família. Pela manhã e pela tarde apresentemos nossa família ao Senhor. Deus se alegra em estar presente numa casa que O reconhece como único Senhor e Salvador. Apenas do Senhor Jesus podemos dizer: "Não saia de casa sem Ele." Veja aqui como algumas famílias fazem o culto pela manhã e pela tarde. Aproveite e envie também suas experiências da hora tranquila e do culto familiar para publicarmos aqui e, assim, ajudarmos outros a tornarem esses momentos uma realidade em sua vida.

Mas, parece às vezes que não ouvimos a Deus, mesmo na hora tranquila? Seria possível Ele não nos ouvir? Veja o que está escrito em Provérbios 1:28: "Então clamarão a Mim, mas Eu não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão." 

Quem está sujeito a passar por experiência tão terrível? O verso 30 explica: "Não aceitaram o Meu conselho, e desprezaram toda a Minha repreensão." Assim como a hora tranquila é a busca pelo conhecimento de Deus, se recusamos o conhecimento já obtido, ou seja, se não usamos o poder do Espírito de Deus para fazer a vontade do Pai, como Cristo, quando a conhecemos, estamos rejeitando o Senhor. A vontade de Deus está claramente expressa na Bíblia e no Espírito de Profecia. Não apenas os mandamentos, mas os conselhos também são condição para a vida espiritual. Veja outro texto, de Provérbios 28:9: "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável." Assim, se estamos em consciente desobediência, caímos nessa horrível situação. Se por acaso está vivendo em desobediência, em pecado conhecido, clame pelo perdão, arrependimento e abandono do pecado. O Senhor Deus é grandioso em perdoar. "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Provérbios 28:13.

Busquemos conhecer a vontade de Deus. Busquemos poder para viver a vontade de Deus. "Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." Oséias 6:3. Sim, virá como o orvalho a cada manhã.

“Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranquila para comunhão com o próprio coração, com a natureza e com Deus. Neles se deve revelar uma vida não em harmonia com o mundo, seus costumes e práticas; é-lhes necessário experiência pessoal em obter o conhecimento da vontade de Deus. Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. “Ele nos manda: ‘Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus.’ Sal. 46:10. Este é o preparo eficaz para todo trabalho feito para o Senhor. Entre o vaivém da multidão e a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida exalará uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens.Ciência do Bom Viver, p. 58.
O Luciano, esposo da Luciana Riges, que também participam deste espaço com suas experiências e estão no processo de saída para o campo, contou que a pequena Larissa, com 4 anos, ora todos os dias para que possam se mudar logo para o sítio que já está pronto! Que pequena gigante da fé! 
Está preocupado ainda com as questões da vida? Entregue a Deus. Onde será seu sítio? Lembre-se de que, assim que tomar a decisão (é tudo o que Deus precisa), a sua terra já está pronta. Contudo, falta uma coisa: nós é que ainda não estamos prontos. Assim, vamos para a próxima etapa - Passo 2: A Correta Motivação.
Aproveite que o sábado está chegando e comece vivendo verdadeiramente o descanso prometido, não apenas dos trabalhos, mas do pecado, de tudo aquilo que está em sua vida e não pertence a Deus. Aproveite para convidar a Cristo para guiar este maravilhoso projeto restabelecendo o culto familiar pela manhã e pela tarde. Busque-O na primeira hora do dia, com a certeza de que o achará. Mudança para o campo não é uma bela casa rural, mas um estilo de vida proposto por Deus para transformação de Seu povo. Deus quer criar em nossa vida um contexto para o desenvolvimento do caráter a fim de sermos testemunhas aqui e preparar-nos para a trasladação. O PLANO DE RESGATE DE DEUS ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS!

Deus e eu num país europeu (parte 6)


Flores do campo
Durante a primavera, a Suécia se veste com muitas, muitas, muitas flores. Em todo lugar onde o olhar possa alcançar, existem flores. Falo das flores que nascem sozinhas (logicamente, Deus as faz nascer). Formam uma paisagem muito bonita, lembrando-nos constantemente do amor de Deus. Mas também existem aquelas flores que são cultivadas por mãos humanas. São agrupadas, regadas, adubadas, podadas, cuidadas.

Durante uma caminhada, uma casa bem adornada com esse último tipo de flores prendeu minha atenção (na verdade, essa caminhada foi na Itália). Como era lindo! Então, Deus compartilhou comigo a exemplificação de um princípio Seu:

As flores que nascem unicamente pelo trabalho de Deus são lindas. Mas, se o homem coopera com a obra divina, empenhando-se nela, o resultado do trabalho é ainda mais bonito!

Casa adornada de flores
que atraiu minha atenção
Deus é o Doador e Mantenedor da vida tanto das flores do campo quanto das cultivadas em jardim. E mesmo da própria vida do homem que as cultiva. O fato de o homem cooperar nessa obra não o torna o Autor da vida nem de sua beleza. Mas, quando ele se empenha em fazer a mesma obra que Deus faz, o Senhor pode derramar Suas bênçãos de forma especial. Assim, cooperando com Cristo, participa de Sua natureza divina, pois faz a mesma obra, tendo a mesma missão. Deus o Jardineiro, eu uma jardineira.

Assim também é com o nosso caráter. Que possamos cooperar com Cristo para que Ele possa criar em nós um coração ainda mais bonito, para Sua glória e louvor. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ovolacto vegetariano, lacto vegetariano ou vegano?

Pois finalmente me tornei vegano. Os últimos resultados do Estudo Adventista de Saúde II demonstraram que os veganos, ou vegetarianos totais, os quais não consomem nenhum produto de origem animal, têm menor nível de colesterol, de LDL ou mau colesterol, de triglicerídeos, glucose, pressão arterial, peso, e maior nível do colesterol bom ou HDL quando comparados com todos os outros tipos de dieta comum entre os adventistas (ovolacto, lacto, pescovegetarianos e omnivoros).


Na última conferência do Colégio Americano da Medicina do Estilo de Vida (ACLM), esta tendência também foi confirmada. E mais, a dieta vegana  é capaz de reverter uma série de enfermidades relacionadas com o estilo de vida. O doutor Esselstyn, da Clinica Cleveland em Ohio, Estados Unidos, provou que e possível reabrir as artérias coronárias entupidas com placas de colesterol simplesmente adotando uma dieta exclusiva à base de vegetais (vegana). O doutor Ornish até foi mais à frente, pesquisando o efeito deste tipo de dieta na reversão e controle do câncer da próstata. O doutor Youngberg apresentou sua experiência na reversão da diabetes com o mesmo estilo de dieta associada com adequado exercício.
A dieta vegana é capaz de reverter casos novos de diabetes e reduzir o risco de complicações do diabético, como a retinopatia, a insuficiência renal, a cegueira e a doença coronariana. Em alguns casos, estas complicações podem até mesmo ser revertidas.
Na minha experiência prática como médico e nutricionista (agora tenho o título de nutricionista aqui nos Estados Unidos), sempre prescrevia esta dieta para pacientes com as doenças mencionadas acima. Por exemplo, quando era diretor da Clínica Adventista de São Roque, para quem tinha câncer, diabetes e problemas cardíacos, a dieta vegetariana total era sempre indicada.
Em Hong Kong, da mesma forma, prescrevíamos o regime vegetariano total usando os princípios do New Start (oito remédios) promovidos pelo Instituto Weymar, da Califórnia, Estados Unidos, os quais são vegetarianos rígidos. Tivemos vários casos de diabéticos que deixaram sua medicação e conseguiram controlar sua glicose somente com dieta, exercício e ervas medicinais.
Na minha experiência individual, fui vegano por alguns anos quando jovem, depois continuei vegetariano por vários anos. Na verdade, comecei a ser vegetariano aos 18 anos. Assim, são mais de 40 anos de vegetarianismo. Agora você pode também saber a minha idade.
Na minha família, temos uma epidemia de diabetes por parte de meu pai, o qual era diabético, perdeu sua visão, tinha uma polineuropatia gastrointestinal com diarreia crônica e acabou perdendo a vida numa cirurgia de amputação por causa de uma gangrena no pé. Tragédia total, não é mesmo? Desta forma, colocando todas as evidências na “mesa”, resolvi tirar dela os alimentos animais. Decidi voltar ao regime vegetariano total.
Penso que a decisão foi certa, mas tenho cuidado em aconselhar outros no mesmo sentido. Assim, se uma pessoa está com excesso de peso e risco aumentado de doenças metabólicas ou da syndrome metabolic (diabetes, colesterol, triglicerídeos, sobrepeso abdominal e pressão alta), o caminho é a dieta vegetariana total.
Porém, se não tiver condições de segui-la por razões financeiras ou mesmo por dificuldades em encontrar os alimentos para substituir os animais, siga um regime mais misturado, mais aumente o consumo de vegetais, frutas, nozes, grãos integrais, feijões e raízes.
Aqui em nossa clínica em Loma Linda temos um programa chamado Dieta do Prato Cheio, em que aconselhamos que a pessoa coma 40 gramas de fibra por dia, ou seja, entre a metade e ¾ de seu prato, em todas as refeições, deve ser constituído de alimentos vegetarianos fibrosos, na verdade, todos aqueles mencionados acima.
Portanto, amigo (a), é tempo de mudar, pelo menos para mim. Um conselho importante: não se torne um “vegatico” ou vegano misturado com fanático. Eu já fui vegatico e tive bons resultados com alguns pacientes e amigos, porém, sempre era visto como uma pessoa extremista em que tudo rodeava sobre alimentação e vegetarianismo. Seja estrito com você mesmo, mas tenha cuidado em pressionar outros a fazer mudanças alimentares. O exemplo fala mais alto e a amizade, o amor e a compaixão devem vir antes da “prescrição”.

Por Dr. Hildemar Santos

Fonte: Agência Adventista Sul-Americana de Notícias
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