sábado, 4 de abril de 2015

O ladrão na cruz - fez mais do que imaginamos

Muitas vezes ouvi que um dos ladrões que foi crucificado ao lado de Cristo aproveitou como quis a vida e no último instante aceitou Jesus, garantindo assim o seu lugar no Paraíso.

Parece-me que esse aspecto da entrega final do malfeitor tem levado alguns a desprezarem as oportunidades que se apresentam diariamente para uma radical mudança de vida, e a adiarem indefinidamente a tomada de decisão de submeterem-se à vontade de Deus sem reservas, crendo que poderão decidir-se no futuro, momentos antes da grande crise final.

 “Que fé teve aquele ladrão moribundo sobre a cruz! Aceitou a Cristo quando aparentemente era uma absoluta impossibilidade que Ele fosse o Filho de Deus, o Redentor do mundo. Na oração do pobre ladrão, houve uma nota diferente da que soava em toda parte; foi uma nota de fé, e chegou até Cristo. A fé nEle por parte do moribundo foi como a mais suave música aos ouvidos de Cristo. A alegre nota de redenção e salvação foi ouvida entre as agonias de Sua morte. Deus foi glorificado em Seu Filho e por intermédio dEle. (Ellen White, MM 1995, O Cuidado de Deus, 18 de setembro, p. 275).

Estamos nós dispostos a andar contrariamente à maioria, mesmo do professo povo de Deus, que optou pela mornidão? Muitos estavam dispostos a clamar hosanas ao filho de Davi quando Cristo curava e multiplicava alimentos, mas quando quase todos O abandonaram, somente o ladrão O glorificou. Como podemos hoje glorificar a Cristo, quando a maioria O nega por suas escolhas e atitudes que se assemelham às dos descrentes?

“Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos” (João 15:8). Devemos glorificar a Deus em nosso corpo, que é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20), e também, comendo, bebendo ou fazendo qualquer outra coisa (1 Coríntios 10:31). Fica evidente que glorificar a Deus é muito mais do que cantar na igreja, está relacionado a fazer o que agrada a Deus em tudo, o que é possível quando escolhemos entregar incondicionalmente nossa vontade para sermos dirigidos pelo Espírito Santo.

Voltando ao ladrão. “Este não era um criminoso endurecido; extraviara-se por más companhias, mas era menos culpado que muitos dos que ali se achavam ao pé da cruz, injuriando o Salvador. Vira e ouvira Jesus, e ficara convencido, por Seus ensinos, mas dEle fora desviado pelos sacerdotes e príncipes. Procurando abafar a convicção, imergira mais e mais fundo no pecado, até que foi preso, julgado como criminoso e condenado a morrer na cruz” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 749).

Os frutos que se seguiram à sua entrega foram visíveis. Fez tudo o que estava ao seu alcance, de acordo com sua fé. Glorificou o Salvador e o seu testemunho do amor e bondade de Cristo atravessou séculos e atingiu bilhões de pessoas. Ele morreu, mas suas obras continuam até hoje. Cristo deu ao ladrão o mesmo que quer dar a todos que O glorificam: “Ao ladrão contrito sobreveio a perfeita paz da aceitação de Deus” (Ibid., p. 751).




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