quinta-feira, 14 de maio de 2015

A ineficácia das estratégias humanas

Lendo recentemente sobre a ressurreição de Cristo, deparei-me com a prepotência e ineficácia do ser humano quando o mesmo pretende combater a verdade. Confesso que não compreendo a insistência dos líderes religiosos judaicos em negar a divindade de Cristo diante de tantas evidências e sinais; mas agimos nós hoje diferentemente do que eles?

Depois da pública e irrefutável ressurreição de Lázaro, o Sinédrio determinou que ambos, Cristo e Lázaro, deveriam ser mortos. Incompreensível! Os líderes cumpriram o seu desígnio quanto a Cristo, e acharam que tinham aniquilado definitivamente Aquele que lhes expunha os erros e até mesmo as más intenções secretas do coração. Não aceitaram um Messias que veio de forma humilde, cujo interesse não era a glorificação do transitório reino terrestre de Israel, mas a transformação do caráter humano para integrar o reino eterno de Deus e vindicar o Seu nome perante o Universo. Esses líderes tiveram grande dificuldade em enxergar a divindade de Cristo, por vê-lo como um humano, nascido de mulher, humilde carpinteiro. Nossa dificuldade hoje é enxergá-Lo além de divino, como humano, como descendente de Abraão; além de Salvador, um Modelo para nós em todas as coisas e um exemplo de como podemos ser semelhantemente vitoriosos.

Para se prevenirem contra a anunciada ressurreição de Cristo, os líderes judaicos buscaram o poder do Estado. Conseguiram com Pilatos uma guarda especial para vigiar a tumba. Que ridículo! Homens efêmeros, presunçosos e egoístas, dirigidos pelo inimigo para batalharem contra a verdade. Pensavam ter conseguido a vitória e ter o controle da situação. A história se repete toda vez que duvidamos da Palavra de Deus e seguimos nossos próprios pensamentos, mesmo em assuntos que julgamos de pouca importância. Quando aceitamos opiniões humanas, afirmações da ciência ou qualquer interpretação teológica que contraria um “assim diz o Senhor” estamos agindo como traidores de Cristo. 
  
No domingo cedo quando Jesus ressuscitou, a guarda romana ficou como morta. Tal fato mostra que as estratégias humanas, mesmo aparentemente indestrutíveis, não conseguem deter os servos do Altíssimo que andam segundo a Sua vontade. Quando o Senhor determina, o mar não afoga, o fogo não queima, o deserto não consome, os leões não atacam, o veneno de víboras não mata, e mais, pão cai do céu, rios param de correr, animais falam, água sai da rocha, e até mesmo mortos ressuscitam. Louvado seja o nosso Deus! Creiamos em Suas promessas, pois Ele é fiel.

Nestes últimos dias, muitos dentre o nosso próprio povo, a exemplo dos judeus, levantar-se-ão contra a verdade, uns de forma declarada outros de forma sútil. “Será ateado contra os testemunhos um ódio satânico. A atuação de Satanás será perturbar a fé das igrejas neles, por esta razão: Ele não pode achar caminho tão fácil para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidos” (E.  G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 48).

Os líderes religiosos da igreja de Deus daquela época subornaram os guardas para mentirem sobre a ressurreição a fim de continuarem no poder. Estamos nós dispostos a sacrificar nossa posição, emprego, reputação, liberdade religiosa, etc. para ficarmos ao lado da verdade, mesmo sendo minoria? Que o Senhor nos dê a coragem necessária para sermos fiéis até a morte. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” ( 2 Coríntios 13:8). “Finalmente a verdade triunfará sobre a falsidade, e Deus subjugará o adversário” (E. G. White, Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 72)”. Logo estaremos no Lar Eterno.

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