terça-feira, 19 de junho de 2012

Crianças comeriam mais frutas se fossem apresentáveis para consumo


Não é difícil suspeitar da influência que embalagens coloridas e bonitas exercem. Para que as crianças consumam doces, salgadinhos e outras guloseimas, as indústrias abusam do visual atraente. Pensando nisso, um grupo de pesquisa da Universidade de Maastrich, na Holanda, se perguntou se o mesmo não valeria para que elas consumissem mais frutas.

O estudo queria provar duas teses: a primeira, se apresentar frutas de forma mais chamativa faria as crianças comerem mais. A outra era comprovar se seria uma boa estratégia que os adultos proibissem os filhos de comer frutas (quando se trata de doces – pensaram os pesquisadores -, as crianças ficam ainda mais tentadas a comer quando os pais proíbem. Será que com as frutas seria assim?).

Para o teste, chamaram 94 crianças de 4 a 7 anos e as dividiram em três grupos. A todas elas, foram apresentados dois pratos com frutas (morango, uva e maçã). Uma das porções, em um prato comum, e a outra com as frutas espetadas em palitinhos de coquetel e presas em uma melancia.

Para o primeiro grupo, proibiram as crianças de comer as frutas de visual atrativo. No segundo, as crianças foram proibidas de comer as frutas normais. No terceiro, não havia restrições. Em uma segunda sessão, qualquer criança podia escolher comer de qualquer prato. O resultado mostrou uma média de 135 gramas por pessoa da fruta atraente, contra 76 da normal. Contudo, os pesquisadores não conseguiram tirar conclusões definitivas quanto à proibição.
E uma dúvida ainda permanece para a pesquisa. Ao que parece, apresentar as frutas em um visual mais apelativo aumentaria o consumo de crianças, mas será que isso seria definitivo?

“Provavelmente não”, responde um pesquisador. “Elas gostariam de experimentar a novidade, mas não manteriam o mesmo nível de consumo depois de acostumados. Seria necessário que os pais e os produtores alimentícios estivessem sempre inovando”. É o que fazem os fabricantes de guloseimas.

Fonte: Live Science

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