quinta-feira, 30 de maio de 2013

42 mil poderiam não ter morrido


Em Provérbios 15:1 lemos que "a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira". Gideão, o quarto juiz de Israel, logo depois de ter derrotado miraculosamente os midianitas que assolaram o povo de Israel por sete anos, deparou-se com um grave problema interno. Os efraimitas ficaram furiosos por não terem sido chamados a pelejar; todavia, mesmo sem conhecer esse provérbio salomônico, Gideão humilhou-se diante deles e enalteceu o feito dos efraimitas por haverem capturado os dois príncipes de Midiã quando fugiam após a derrota. Como resultado os homens de Efraim acalmaram-se, houve paz e Gideão julgou a Israel por 40 anos.

Não muito tempo depois, fato semelhante ocorreu também com os efraimitas - a mesma revolta por não terem disso chamados a guerrear contra os amonitas, mas desta vez direcionada ao líder Jefté, o sétimo juiz de Israel. No entanto, o gileadita Jefté,  que julgou a Israel durante seis anos apenas, não usou palavras brandas como Gideão, mas enfrentou os homens de Efraim com legítimos argumentos e com força bélica. O trágico resultado foi a morte de 42 mil homens de Efraim. Que triste! Irmãos contra irmãos! Que desonra ao Senhor!

Pode dar-se o caso hoje de fazermos o mesmo que Jefté? Se exigirmos nossos direitos e usarmos nossa língua (ou outros meios) como arma poderemos suscitar ira e destruir a paz que deve reinar entre os irmãos de fé. Que o Senhor nos ajude a agir como Gideão, inspirando-nos a usar palavras brandas, concedendo-nos um espírito manso e humilde como o do nosso Modelo Jesus. O campeão de Deus não reivindicou seus direitos, não alardeou suas razões, nem desmascarou os efraimitas, mas guardou a sua boca e livrou sua alma de angústias (Provérbios 21:23), pois "melhor é o longânimo do que o valente, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade" (Provérbios 16:32).

Perdoar é mais doce do que conquistar um direito. Que o Espírito Santo nos ilumine, guie e fortaleça nessa batalha contra o próprio eu. A graça de Cristo tem poder para perdoar e transformar vidas. Que o espírito arrogante e combativo se transforme em sofredor e intercessor. "O amor... tudo sobre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios 13: 7 e 8). "O mesmo Deus de paz voz santifique completamente. E todo o vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Tessalonicenses 5: 23 e 24).

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